Vinhos do Douro vão "superar" alterações climáticas
Um estudo de Gregory Jones, um dos maiores especialistas a nível mundial em alterações climáticas na vinha, conclui que a mais antiga região demarcada do mundo está preparada para o aumento das temperaturas e a redução da precipitação na Primavera.
De acordo com a informação fornecida ao Negócios pela Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID), a organização sem fins lucrativos que encomendou o estudo que está a ser apresentado esta tarde no Porto, a Região Demarcada do Douro "vai superar com sucesso as alterações climáticas previstas e o seus efeito no clima e no cultivo da vinha".
“Técnicas como o controlo da restrição hídrica da planta e incremento da utilização eficiente de água, zonagem geoclimática, diversidade genética da videira e medidas de curto prazo como a aplicação de “protetores solares” nas folhas ou a alteração dos sistemas de condução também estão disponíveis aos produtores”, atestou o cientista norte-americano, que esteve nesta região vitícola nos últimos meses.
As tendências relativas ao clima observadas no Douro projectam aumentos mais significativos nas temperaturas médias durante o Verão, uma maior variedade e frequência de anomalias mensais de temperatura e também uma maior redução de chuvas nos meses de Primavera.
A Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense foi fundada em 1982 por um grupo de empresas ligadas à produção e comércio de vinhos do Douro, com o objectivo de estudar e divulgar as técnicas vitivinícolas adequadas às especificidades desta região e que a tornem mais competitiva nos mercados nacional e internacional.
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