Altri paga 55 milhões para ficar com 100% da EDP Bioeléctrica
A Altri anunciou esta terça-feira que chegou a acordo com a EDP para comprar os 50% que a eléctrica detém na EDP Bioeléctrica por 55 milhões de euros, passando desta forma a controlar a totalidade do capital desta empresa de centrais de biomassa que terá uma capacidade instalada acima de 100 MW no primeiro semestre do próximo ano.
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O negócio, que desfaz uma parceria de quase 13 anos entre a Altri e a EDP, foi efectuado com um múltiplo de 6,5 vezes o EBITDA e 22 vezes os lucros de 2017.
A parceria entre as duas empresas tinha sido formalizada em Outubro de 2005, quando a Altri comprou 50% do capital da EDP Produção - Bioeléctrica, empresa da EDP que operava a central de Mortágua, por 7,5 milhões de euros.
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Deste então a empresa detida em partes iguais pelas duas cotadas aumentou a sua actividade através da construção de novas centrais de produção de energia eléctrica a partir de resíduos florestais industriais.
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Cinco centrais
A EDP Bioeléctrica tem actualmente quatro de biomassa, que estão localizadas junto a outras infra-estruturas da EDP e da Altri. E está a construir uma nova "central cujo arranque se estima para o primeiro semestre de 2019", o que elevará a capacidade instalada da empresa para 100 MW.
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Além de Mortágua (8,6MW), a EDP Bioeléctrica opera as centrais da Celtejo em Vila Velha de Ródão (12,8 MW), Caima em Constância (12,8 MW) e Celbi na Figueira da Foz (27,9 MW).
Segundo a Altri, a EDP Bioeléctrica é líder no seu segmento de mercado, com uma quota de licenças de produção de energia eléctrica através de biomassa florestal de 50%.
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Em 2017 esta empresa gerou lucros de 5 milhões de euros, receitas de 48,5 milhões de euros e um EBITDA de 16,7 milhões de euros. A dívida situava-se em 39,9 milhões de euros, o que corresponde a 2,4 vezes o EBITDA.
"Este acordo permitirá à Altri prosseguir a sua estratégia de melhoria contínua na integração entre a fileira florestal produtora de biomassa e a produção de energia a partir deste recurso renovável", refere um comunicado da Altri, que é liderada por Borges de Oliveira e Paulo Fernandes (este último CEO da Cofina, que é proprietária do Negócios).
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A Altri acrescenta em comunicado que esta operação está condicionada à não oposição da Autoridade da Concorrência e deverá estar concluída ainda durante o segundo semestre de 2018.
(notícia actualizada às 20:56 com mais informação)
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