"Governo tem margem para investir nas renováveis"

O novo secretário de Estado da Energia fez a sua primeira aparição perante as empresas do sector das renováveis e garantiu que a energia limpa está na agenda. O Governo quer agilizar o licenciamento de parques eólicos e solares para não ficarem meses ou anos na prateleira.
André Cabrita-Mendes 03 de Dezembro de 2015 às 12:02

Na sua primeira intervenção pública perante o sector, o novo secretário de Estado da Energia deu o tiro de partida para as renováveis. Diante de uma plateia de empresários e gestores de energias limpas, o governante prometeu reduzir o tempo de espera para licenciar novos projectos.

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"Da parte do Governo temos margem para investir nas renováveis", disse Jorge Seguro Sanches esta quinta-feira, 3 de Dezembro, na conferência anual da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) que decorreu no Estoril. "Este é um desígnio nacional que nos une a todos: Governo, sociedade civil e forças políticas".

Mas a aposta nas renováveis não se trata apenas de ideologia, com o governante a sublinhar o racional económico deste caminho. "Quando falamos em ter um equilíbrio nas nossas finanças, é evidente que as renováveis têm de fazer parte da solução".

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Uma das questões urgentes a serem resolvidas no sector é a redução do tempo necessário para emitir uma licença para a construção de um parque solar ou eólico. Sobre isto, Seguro Sanches apontou que o Governo quer "eliminar ou modificar muitas questões que têm a ver com o licenciamento".

"Não podemos ser o país onde se cria uma empresa na hora, mas onde depois demoramos meses ou anos para conseguir o licenciamento. O Governo vai dar uma atenção especial ao licenciamento", prometeu.

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Olhando para o trabalho feito no passado, Seguro Sanches deu o exemplo do Eneop, o maior consórcio eólico nacional, que ajudou a "reduzir as importações e a aumentar as exportações". No total, as renováveis criaram 40 mil empregos, poupou cinco mil milhões de euros na balança comercial e as fábricas deste cluster exportaram 300 milhões de euros".

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