EDP descarta mudanças estruturais entre casa-mãe e EDPR
A elétrica vai manter a atual configuração acionista e operacional com a EDP Renováveis, privilegiando estabilidade e criação de valor a longo prazo.
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A EDP afastou a possibilidade de alterações estruturais entre a empresa-mãe e a EDP Renováveis (EDPR), garantindo que a relação entre ambas se manterá inalterada no ciclo estratégico 2026-2028. “Não assumam muitas mudanças, estamos confortáveis com a estrutura atual”, afirmou o CEO, Miguel Stilwell, na apresentação do novo plano estratégico aos analistas.
A decisão reflete a estratégia de estabilidade acionista e de preservação do controlo sobre o principal motor de crescimento do grupo, num contexto em que a EDP detém mais de 70% do capital da EDPR. Segundo a administração, essa configuração “permite capturar valor de forma natural para a EDP”, evitando a dispersão de ganhos e mantendo o alinhamento estratégico entre as duas empresas.
A empresa afastou igualmente a hipótese de novas alienações significativas de participações na EDPR, sublinhando que o foco está em reforçar a disciplina financeira e a eficiência operacional. O grupo continuará a recorrer à rotação seletiva de ativos para financiar o crescimento, mas sem mexer na estrutura societária ou no nível de controlo sobre a subsidiária de renováveis.
Acrescentou que no caso da Ocean Winds - , a prioridade é “extrair valor, não assumir risco de crescimento ou de commodities”, destacou a equipa de gestão, admitindo que o foco é preservar retornos sem comprometer a exposição a projetos de longo prazo e elevado risco de investimento, como o offshore.
A Ocean Winds (OW) é uma joint venture criada em 2020 entre a EDP Renováveis (EDPR) e a empresa francesa ENGIE, com 50% de participação para cada uma.
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