Galp Energia deverá aumentar lucros e EBITDA no primeiro trimestre
O resultados que a Galp Energia vai anunciar na segunda-feira são os primeiros que comparam com um período com pandemia. Os analistas estima uma melhoria na evolução homóloga.
A Galp Energia terá fechado o primeiro trimestre com um resultado líquido ajustado de 48,3 milhões de euros, de acordo com as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que oscilam entre 12 e 125 milhões de euros.
O ponto médio das estimativas compara de forma favorável com os resultados da Galp no primeiro trimestre do ano passado, que foram os primeiros a sentir o impacto da pandemia.
Entre janeiro e março do ano passado a Galp Energia apurou lucros de 29 milhões de euros, sendo que a petrolífera diz ter sido penalizada pela "adversidade das condições de mercado" que levaram ao registo de um prejuízo de 257 milhões de euros. No primeiro trimestre do ano passado a companhia reconheceu a desvalorização do inventário em 278 milhões devido à queda das cotações dos produtos.
Ao nível do EBITDA a evolução no trimestre também terá sido positiva, uma vez que os analistas apontam para 481,4 milhões de euros, o que situa acima dos 469 milhões de euros do primeiro trimestre do ano passado. As projeções dos analistas para o EBITDA do primeiro trimestre deste ano oscilam entre 444 e 510 milhões de euros.
No conjunto de 2020 a Galp apurou um resultado líquido negativo de 42 milhões de euros, o que compara com os lucros de 560 milhões obtidos em 2019.
A Galp Energia apresenta resultados a 26 de abril, antes da abertura da sessão.
A 12 de abril a Galp já tinha revelado o dado operacionais do primeiro trimestre, dando conta que a produção de petróleo e a venda de produtos petrolíferos desceram nos primeiros três meses deste ano, um período marcado por dificuldades logísticas e quebra da procura devido à pandemia da covid-19.
Segundo os dados revelados pela empresa no trading udpate, o indicador de produção "working interest" – que diz respeito à produção bruta de matéria-prima, sobretudo petróleo, e que inclui todos os custos decorrentes das operações – registou uma descida de 5% face ao primeiro trimestre do ano passado, fixando-se nos 125,2 mil barris por dia.
Face aos três meses anteriores, a produção da empresa liderada por Andy Brown avançou 2%, uma evolução justificada pela menor ocorrência de atividades de manutenção planeada, "mantendo-se impactada por restrições operacionais e logísticas que afetam as atividades offshore".
As ações da Galp Energia caem 1,38% para 9,276 euros.
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