Lucro da EDPR cai quase 50% para 107 milhões até setembro
A empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade viu o resultado líquido cair acentuadamente face aos 210 milhões do período homólogo. Imparidades na Europa e nos EUA penalizaram os resultados.
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O lucro da EDP Renováveis desceu 49% nos primeiros nove meses do ano para 107 milhões de euros, face aos 210 milhões do período homólogo, informou a empresa esta quarta-feira em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Quanto ao lucro líquido recorrente, a queda foi de 10% para 189 milhões de euros, contra os mesmos 210 milhões do mesmo período do ano passado, acrescenta a empresa.
As imparidades e custos extraordináros afetaram os resultados, refere o comunicado, que incluem o impacto negativo de 82 milhões de itens não recorrentes.
Estes são "provenientes principalmente de imparidades na Europa, incluindo países non core e da depreciação acelerada do projeto eólico onshore Meadow Lake IV em repotenciação, ambos ao nível das amortizações, e de custos não recorrentes na plataforma da Ocean Wind nos EUA, contabilizados na linha de resultados de empresas associadas".
A empresa assinala também que os números dos primeiros nove meses de 2024 incluíam “ganhos com rotação de ativos significativos, que ascenderam a 167 milhões, contra apenas 35 milhões este ano".
"Excluindo ganhos, o resultado líquido recorrente subjacente quadruplicou", destaca a EDPR, com um aumento homólogo de 111 milhões de euros, "refletindo uma melhoria significativa do desempenho operacional".
No capítulo das receitas, aumentaram 16% em relação ao período homólogo, para 2,0 mil milhões, impulsionadas por um aumento de 14% na produção de eletricidade para 30TWh, “principalmente devido à expansão de capacidade e à otimização da eficiência operacional".
Os custos operacionais aumentaram 8% em termos homólogos para 783 milhões, enquanto o investimento bruto totalizou 1,8 mil milhões, uma queda de 21% em termos homólogos), o que se deve a "uma política de investimento mais rigorosa da EDPR e o foco nos seus mercados chave e de baixo risco", refere o comunicado.
Os resultados recorrentes antes de juros, impostos, deduções e amortizações (EBITDA) aumentaram 9% em relação aos primeiros nove meses de 2024 para 1.405 milhões, uma subida de 21%, excluindo ganhos com transação de rotação de ativos.
Já a dívida líquida subiu quase mil milhões para 9,2 mil milhões, "um aumento controlado" que se deve a "uma forte geração de fluxo de caixa orgânico, investimentos realizados e ainda menores receitas provenientes de negócios de rotação de ativos e acordos de Tax Equity", refere a EDPR, esperados para o quarto trimestre.
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