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Preços dos combustíveis voltam a máximos. Gasóleo tem maior subida em meio ano

Os preços dos combustíveis vão voltar a subir pela quarta semana consecutiva, numa altura em que o Governo discute intervenção nos preços através das margens das gasolineiras. Só que dois terços do preço total é referente a impostos.

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combustíveis, gasolina, gasóleo, bomba Pedro Brutt Pacheco
17 de Setembro de 2021 às 16:47

Os preços da gasolina e gasóleo vão registar subidas pela quarta semana consecutiva, a partir da próxima segunda-feira, dia 20 de setembro, com ambos os ativos a regressarem a máximos de 2012, quando Portugal atravessava a crise de dívida soberana. 

De acordo com os cálculos do Negócios, o preço da gasolina simples 95 deverá subir cerca de 1,5 cêntimos para os 1,688 euros por litro. Só este ano, o preço deste ativo já aumentou 27 cêntimos por litro, ou 20% face a dezembro do ano passado.

No caso do gasóleo virá também um novo aumento, tal como aconteceu nas últimas três semanas. Só que desta vez, a subida semanal do preço será a maior desde fevereiro deste ano (2 cêntimos para os 1,477 euros). Este ano, o gasóleo está cerca de 21 cêntimos mais caro em comparação com o ano anterior.

A atualização dos preços dos combustíveis acontece depois de os preços do petróleo terem mantido a tendência altista na semana que agora termina. O Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações em Portugal, deverá fechar a semana com uma subida de cerca de 3%, a maior deste mês. 

Estado discute hoje travão nos preços

O Governo levou esta sexta-feira a discussão e votação no parlamento uma proposta de lei que cria a possibilidade de fixação de margens máximas de comercialização para os combustíveis simples.

Em causa está a possibilidade de o Executivo passar a ter uma ferramenta "para quando, comprovadamente, as margens na venda de combustíveis e das botijas de gás forem inusitadamente altas e sem justificação, poder limitar essas mesmas margens", explicou o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, em julho.

De acordo com os dados da Apetro, quase dois terços do preço que cada português paga pelos combustíveis correspondem a impostos. Muito mais, por exemplo, do que a própria cotação da matéria-prima.

Entre janeiro e abril deste ano, o Estado português terá arrecadado qualquer coisa como 942,3 milhões de euros através dos dois maiores impostos cobrados na fatura dos portuguesas: o IVA - Imposto sobre Valor Acrescentado e o ISP - Imposto sobre Produtos Petrolíferos. As contas do Negócios mostram que este valor corresponde a 61,62% de todo o dinheiro que foi gasto pelos portugueses a abastecer os veículos no mesmo período em análise.

Como se calculam as variações semanais?

De acordo com os dados da Apetro, quase dois terços do preço que cada português paga pelos combustíveis correspondem a impostos. Muito mais, por exemplo, do que a própria cotação da matéria-prima.

Entre janeiro e abril deste ano, o Estado português terá arrecadado qualquer coisa como 942,3 milhões de euros através dos dois maiores impostos cobrados na fatura dos portuguesas: o IVA - Imposto sobre Valor Acrescentado e o ISP - Imposto sobre Produtos Petrolíferos. As contas do Negócios mostram que este valor corresponde a 61,62% de todo o dinheiro que foi gasto pelos portugueses a abastecer os veículos no mesmo período em análise.

Os cálculos têm por base a evolução destes dois derivados do petróleo (gasóleo e gasolina) e do euro. Mas o custo dos combustíveis na bomba dependerá sempre de cada posto de abastecimento, da marca e da zona onde se encontra.

Os novos preços têm em conta as variações calculadas pelo Negócios face ao preço médio praticado em Portugal esta semana e anunciado pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Os cálculos do Negócios têm por base contratos diferentes dos seguidos pelas petrolíferas (ainda que a evolução costume ser semelhante), sendo que os dados disponíveis para o Negócios só estão disponíveis até quinta-feira (faltando um dia de negociação).

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