Mais de 80% das casas no mercado vendidas em menos de seis meses

Os números são da APEMIP, que afirma que o sector imobiliário “vive um dinamismo que há muito não se verificava”. O segmento habitacional domina o mercado e, em Dezembro, mais de metade das vendas foram a preços até aos 175 mil euros.
Bruno Simão/Negócios
Negócios 05 de Fevereiro de 2018 às 11:16

Das vendas de imóveis realizadas em Dezembro de 2017, 46,6% ocorreram com imóveis que estiveram entre quatro e seis meses em carteira, uma realidade que evidencia o bom momento que o mercado atravessa. A conclusão é da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), que esta segunda-feira, 5 de Fevereiro, publica o seu barómetro relativo ao último mês de 2017.

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Segundo as estatísticas da APEMIP, que reúne informação das várias empresas suas associadas, cerca de 38 dos imóveis estiveram apenas entre um e três meses em carteira. Uma fatia de 11% terá esperado entre sete e nove meses e apenas em 4,4% dos casos as casas ficaram mais de um ano em carteira.

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Na nota que acompanha o barómetro, o presidente da APEMIP, Luis Lima, sublinha que "é absolutamente fabuloso assistir a esta dinâmica, sobretudo quando comparada com aquela que existia há cerca de dois/três anos, em que os activos em carteira levavam até dois anos a ser transaccionados".

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O barómetro da APEMIP aponta para o facto de o dinamismo estar sobretudo no mercado habitacional. Entre os activos vendidos, 55,6% tinham preços até aos 175 mil euros e mais de metade eram T1 e T2.

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Perante o dinamismo do mercado, as mediadoras imobiliárias consideram que a ausência de stock imobiliário nas cidades continua a ser o principal factor para o aumento de preços que se tem verificado no mercado. A oferta, diz a APEMIP, "é cada vez menor e não dá resposta às necessidades da procura, pelo que o regresso à construção nova começa a ser inevitável", sob pena de os problemas habitacionais "se acentuarem ainda mais".

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O Barómetro Imobiliário é desenvolvido mensalmente pela APEMIP, e tem como fonte um inquérito levado a cabo junto das empresas imobiliárias e o cruzamento com dados de entidades públicas e privadas.

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