Preços das casas com maior subida de sempre em 2022
Nunca se compraram e venderam tantas casas como em 2022, ano em que os preços das casas aumentaram 12,6%, a variação mais elevada desde que há registo. Números alcançados apesar de no quarto trimestre já se ter sentido um abrandamento.
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Segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), "em 2022, o Índice de Preços da habitação continuou a evidenciar uma dinâmica de crescimento dos preços das habitações transacionadas". A taxa de variação média anual foi a "mais elevada na série disponível (desde 2009), o que representa um acréscimo de 3,2 pontos percentuais por comparação com 2021". O crescimento dos preços das habitações observou-se em ambas as categorias, tendo sido mais intenso nas habitações existentes (13,9%) relativamente às habitações novas (8,7%).
Olhando só para os dados do último trimestre, o índice de preços registou uma taxa de variação homóloga de 11,3%, menos 1,8 pontos percentuais que no trimestre precedente e a taxa mais baixa do ano.
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No total, ao longo de 2020, foram transacionadas 167 mil habitações. Por comparação com o ano anterior, observou-se um aumento de 1,3% no número de operações, o que, excetuando o ano de 2020 fortemente condicionado pelo efeito da pandemia, constituiu o menor crescimento no número de transações desde 2012. "Numa perspetiva infra-anual, o ano de 2022 registou duas realidades distintas em termos homólogos: na primeira metade do ano, observou-se um crescimento do número (e do valor) de transações de 14,1% (30,7%, em valor); nos últimos 6 meses inverteu-se a situação, observando-se uma redução de 9,6% no número de transações (-1,0%, em valor)", sublinha o INE.
As transações de casas totalizaram 31,8 mil milhões de euros, um incremento de 13,1%, o que traduz um valor médio de 187.360 euros nas aquisições de habitação pelas famílias e em 201 901 euros nos restantes setores institucionais. Valores que comparam com os 169.869 mil euros e 167.995 registados em 2021.
Por categoria, "as habitações existentes registaram uma redução de 0,1% no número e um aumento de 11,6% no valor das transações". Relativamente às habitações novas, observou-se um aumento de 8,5% no número de transações e de 18,2% no valor", indica o INE.
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Notícia atualizada às 12h26
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