Amorim vende negócio dos chinelos de cortiça ao grupo Kyaia
Nascida em 2015 da visão de Pedro Abrantes, que teve desde o início como sócio a Amorim Cork Ventures, a Ecochic Portuguesas deixa de contar com os seus fundadores na estrutura acionista.
A incubadora de negócios da Corticeira Amorim e o designer venderam a totalidade da sua participação na empresa detentora da marca As Portuguesas ao grupo Kyaia, que tinha entrado no capital social da insígnia de calçado sustentável em 2017, ficando agora dona de 100% da companhia.
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“Foi um bom negócio, mas acima de tudo sinto orgulho por ver um projeto que nasceu na garagem da minha mãe ser reconhecido e valorizado”, afirma Pedro Abrantes, em comunicado.
“A marca As Portuguesas conquistou-nos desde o primeiro momento, pelo seu ADN inovador, sustentável e autenticamente português”, realça Fortunato Frederico, presidente e fundador do grupo Kyaia, enfatizando o facto de, ao longo destes anos, ter trabalhado com os seus sócios na Ecochic na “afirmação internacional da marca”.
Agora, com a totalidade do capital social e responsabilidade pela sua gestão, “a Kyaia está determinada a acelerar a presença global d’As Portuguesas e a reforçar o seu posicionamento como uma referência no calçado ecológico, tendo a sola com cortiça como elemento diferenciador”, sinaliza Fortunato Frederico, líder de uma das maiores fabricantes portuguesas de calçado.
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Apresentando-se como “a primeira marca de ‘flip flops’ [chinelos de dedo] de cortiça, utilizando matéria-prima 100% natural”, uma década depois os chinelos com sola de cortiça continuam a constituir o “core business” da empresa.
Não foi revelado o valor da transação nem a dimensão das participações que a Amorim Cork Ventures e Pedro Abrantes detinham na empresa.
E não divulgou os números da faturação da Ecochic Portuguesas, referindo apenas que a marca alcançou “mais de 60 mercados internacionais ao longo da última década”, nos quais “se destacam os Estados Unidos, Canadá e Europa, Austrália e Coreia do Sul, Japão e outros países asiáticos”.
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“Ao fim de 10 anos de crescimento sustentado, e face à maturidade do projeto, a Amorim Cork Ventures e Pedro Abrantes consideraram estar reunidas as condições para encerrar o seu ciclo de participação, permitindo ao grupo Kyaia liderar, de forma exclusiva, a próxima fase de desenvolvimento da marca”, conclui.
Apesar de ter saído do capital da Ecochic, a Corticeira Amorim afiança que “mantém-se comprometida com a valorização da cortiça como matéria-prima diferenciadora e com o apoio à inovação e ao talento empresarial em Portugal, reiterando o orgulho no percurso da marca As Portuguesas”, considerando que a insígnia é “hoje uma referência internacional no calçado ecológico”.
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(Notícia atualizada às 18:12)
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