Japoneses vencem leilão para compra de siderúrgica centenária dos EUA por 13 mil milhões
A japonesa Nippon Steel venceu o leilão para a compra da histórica siderúrgica norte-americana United States (US) Steel por uma fatura total de 14,9 mil milhões de dólares, o equivalente a 13,64 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual.
PUB
A proposta vencedora pressupõe o pagamento de 55 dólares por ação, o que equivale a um prémio de 142% face à cotação de fecho do passado dia 11 de agosto, um dia antes da rival Cleveland-Cliffs ter apresentado a primeira oferta pela siderúgica de 122 anos, apresentando em contrapartida 35 dólares por título.
Ao vencer o leilão a empresa japonesa não só derrota a Cleveland-Cliffs, como deixa para trás as propostas da Nucor e da ArcelorMittal, que também se apresentaram à licitação da companhia.
PUB
Se a compra for aprovada pelos reguladores norte-americanos e pelos acionistas da US Steel, este negócio vai dar à luz a segunda maior empresa siderúrgica do mundo, com uma capacidade instalada de 86 milhões de toneladas, ultrapassando assim a ArcellorMittal, que ocupava esta posição. Se não se contar com a China, este será mesmo o maior gigante do globo no setor, de acordo com as contas da Bloomberg.
Mas porquê apostar num preço tão alto, mesmo acima da cotação desta sexta-feira da US Steel (39,33 dólares por ação)? Esta aposta do maior produtor de ação do Japão reflete a expectativa de que este novo gigante irá beneficiar, em termos de custos e benefícios fiscais, do novo diploma presidencial de Joe Biden.
Por outro lado, é uma forma da Nippon Steel conseguir cumprir o objetivo de crescer além fronteiras, contornando o enfraquecimento do iene, a queda da procura interna e o aumento da concorrência na Ásia.
PUB
As ações da US Steel escalam neste momento 27,46% para 50,13 dólares, renovando máximos de maio de 2011.
Saber mais sobre...
Saber mais Preços Empresas Empresas Ações Títulos Estados Unidos Cleveland Nippon Steel Ásia Bloomberg NucorO efeito Passos
As contas públicas aguentam?
Mais lidas
O Negócios recomenda