Sugal investe 49 milhões na eficiência energética em Portugal

PRR financia em 50% o investimento que tem como meta reduzir as emissões de CO2 na operação industrial em Portugal. Dona da Guloso tem uma fábrica em Benavente e outra na Azambuja.
A Sugal apresentou um investimento, descrito como 'estruturante', nas duas unidades de produção em Portugal.
Miguel Baltazar
Diana do Mar 10 de Setembro de 2025 às 20:24

Foi em plena campanha do tomate – o período mais representativo para a sua atividade, em que as fábricas operam a plena capacidade - que a Sugal apresentou um investimento, descrito como "estruturante", nas duas unidades de produção em Portugal, parte de um envelope de 100 milhões de euros para executar a estratégia de sustentabilidade 2022-2030 do grupo que, além de Portugal, opera em Espanha e no Chile.

O investimento, no valor de 49 milhões de euros, financiado em 50% pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), destina-se a responder ao objetivo da neutralidade carbónica e da eficiência energética, um dos quatro pilares em que se desdobra a estratégia de sustentabilidade traçada pelo grupo.

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A grande "novidade", descrita, aliás, como pioneira na Europa, prende-se com a mudança para uma caldeira de biomassa na fábrica de Benavente, que "já está a trabalhar". "Somos a primeira empresa da indústria do tomate a nível europeu a tê-la", enfatiza o CEO e dono da Sugal, João Ortigão Costa.

Há ainda a aposta em "equipamentos de alta tecnologia mais eficientes energeticamente", "os primeiros do tipo a serem instalados na Europa", desta feita, também na fábrica da Azambuja.

A Sugal traçou como meta "atingir uma redução até 40% das emissões atuais de CO2 das operações industriais em Portugal até 2030", a qual prevê alcançar em 2026, ou seja, quatro anos antes, já que a ajuda do PRR permitiu acelerar os investimentos, explica João Ortigão Costa.

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Além disso, a Sugal tem o objetivo de ter 100% da energia elétrica que consome proveniente de fontes renováveis. "Já temos painéis fotovoltaicos, mas estamos um pouco mais atrasados", admite.

Em termos globais, concretiza, o envelope de 100 milhões de euros afeto à estratégia de sustentabilidade do grupo que, entre outros, abarca a redução do consumo de água ou o aumento da circularidade das embalagens, encontra-se executado em mais de 80%.

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