"Temos de fazer mais". Alemanha abre maior fábrica de produção de munições da Europa
Quando estiver a funcionar em plena capacidade, a fábrica de munições que a Rheinmetall acaba de inaugurar no norte da Alemanha será a maior da Europa. CEO da fabricante alemã de armas diz que outras unidades podem ser erguidas, a um ritmo idêntico, noutros países da NATO, podendo contribuir para "um ecossistema de defesa pan-europeu".
Armin Papperger afirmou que lhe veio imediatamente à cabeça a Lituânia e a Grã-Bretanha, onde já existem projetos concretos, mas também mencionou a Roménia, Letónia e a Ucrânia considerando que "têm de ser ainda mais determinadas em pôr-se na posição de produzir urgentemente equipamento de proteção e de defesa nos seus próprios países".
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A fábrica de munições em Unterlüss, que ocupa uma área equivalente a cinco campos de futebol, começou a funcionar no espaço de 14 meses, resultando de um investimento superior a 500 milhões de euros. Espera-se que este ano produza perto de 25.000 cartuchos, com a capacidade anual a subir para 350.000 projéteis de artilharia até 2027.
O corte de fita, esta quarta-feira, contou com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, assim como o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius e o vice-chanceler Lars Klingbeil.
"Isto é absolutamente crucial para a nossa própria segurança e para continuarmos a apoiar a Ucrânia na sua luta de hoje e a evitar qualquer outra agressão no futuro", afirmou o "número 1" da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
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Em entrevista à CNBC, o CEO da Rheinmetall defendeu ser preciso "apanhar" a Rússia, que tem capacidade para produzir 4 a 5 milhões de cartuchos de munições de artilharia por ano, enquanto a Europa, por comparação, põe cá fora perto de 2 milhões, dos quais mais de metade produzidos pela gigante alemã.
"As maiores necessidade da Europa são de munições de artilharia e mísseis", afirmou Papperger, indicando que a nova unidade vai focar-se nos dois itens.
"Fazemos o nosso melhor, fazemos tudo o que podemos para ser rápidos. Tive uma conversa antes com Boris Pistorius sobre isto e ele disse-me: 'Apressem-se - temos de fazer mais", realçou.
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