Unilever propõe mudanças nas remunerações dos directores

A empresa, que conseguiu afastar uma oferta da Kraft Heinz nas últimas semanas, resolveu alterar a forma como paga aos gestores de topo, que não estejam na administração.
Bloomberg
28 de Fevereiro de 2017 às 16:18

A Unilever vai mudar a forma como remunera os directores de topo, menos de duas semanas depois de se ter oposto, com sucesso, a uma oferta de aquisição por parte da Kraft Heinz.

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Segundo a Reuters, as mudanças colocam uma maior ênfase nos trabalhadores mais antigos, que tenham acções e um alto nível de comprometimento com a empresa. A estratégia foi anunciada no relatório anual da Unilever de 2016 e aplicam-se aos directores abaixo da administração e pretende consolidar o rendimento num único valor e descontinuar um plano global de incentivos.

A nova política, que deverá ser aplicada durante três anos, será apresentada aos accionistas na assembleia geral de 2017. O novo chairman da empresa, Marijn Dekkers disse estar a trabalhar para "acelerar o aumento de valor para o benefício dos nossos accionistas". 

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A multinacional Kraft Heinz retirou a oferta de 143 mil milhões de dólares (135 mil milhões de euros à cotação actual) feita pela Unilever, no dia 19 de Fevereiro, depois de esta empresa se ter oposto ao início de negociações devido ao valor da oferta em causa. 

 

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"A Unilever e a Kraft Heinz têm-se ambas em elevada consideração. (...) A Kraft Heinz tem o maior respeito pela cultura, estratégia e liderança da Unilever," referia um comunicado divulgado por ambas as companhias, citado pela Bloomberg, e que pôs fim à aproximação. 

Em causa estava uma oferta de 50 dólares por acção da Unilever, naquela que poderia ter sido a maior fusão do género no sector de alimentação e de bebidas, e que foi rejeitada por "subvalorizar" a empresa.

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