Mercado doméstico e externo pressionaram indústria portuguesa em Maio
O índice de volume de negócios na indústria registou uma diminuição homóloga de 5,5% em Maio, sendo que no mês anterior, este tinha diminuído 2,5%. As vendas em Portugal e ao estrangeiro penalizaram a evolução deste indicador.
O índice de volume de negócios na indústria, em termos nominais, registou uma diminuição homóloga de 5,5% em Maio, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira, 8 de Julho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor foi o mais baixo desde Março de 2013, altura em que este indicador verificou uma diminuição de 8,81%. Em Abril, este indicador tinha registado uma diminuição homóloga de 2,5%.
"Todos os agrupamentos apresentaram diminuições homólogas em Maio, a mais intensa das quais foi verificada no agrupamento de Energia, 12,5% (redução de 15,2% em Abril), da qual resultou o principal contributo para a variação do índice total, -3,2 pontos percentuais", escreve o INE.
A contribuir para esta evolução do índice de volume de negócios na indústria estiveram os mercados interno e externo. Ambos aprofundaram as quedas face ao mês anterior.
Assim, o volume de negócios na indústria para o mercado nacional registou uma diminuição homóloga de 4,3% em Maio. Em Abril, este indicador estava nos 0,9%.
De acordo com os dados do departamento de estatísticas português, todos os grandes agrupamentos da indústria apresentaram "variações homólogas inferiores às observadas em Abril". No entanto, o agrupamento dos bens intermédios e o da energia acentuaram a variação homóloga.
O grupo do bens intermédios registaram uma diminuição homóloga de 5,6%, quando no mês anterior a variação tinha sido de 3,5%. Na energia, em Maio, verificou-se uma diminuição de 4,1%, face à queda homóloga de 3,3%.
Quanto ao mercado externo, no quinto mês deste ano, as vendas tiveram uma diminuição homóloga de 7%, quando em Abril tinha sido de 4,3%. "Os índices dos agrupamentos de Bens de Investimento e de Bens Intermédios passaram de crescimentos de 5,3% e de 2,5% em Abril, respectivamente, para reduções de 6,1% e de 2,1% em Maio, contribuindo decisivamente para a evolução negativa do índice deste mercado", escreve o INE.
O grupo dos Bens de Consumo foi o único a ter uma variação positiva, ainda que tenha registado um abrandamento do crescimento. Em Maio, este agrupamento registou uma variação homóloga de 1,6% e em Abril esta variação foi também positiva: 3,2%.
Por outro lado, em termos homólogos, o índice de emprego passou de uma variação negativa em Abril para uma variação positiva em Maio. Em Abril tinha registado uma diminuição de 0,2% e em Maio registou um crescimento de 0,3%. No que diz respeito às remunerações também se verificou um crescimento: em Abril este indicador estava em 1,1% e em Maio ficou nos 1,3%.
Quanto a horas trabalhadas verificou uma diminuição mais profunda em Maio. No quinto mês deste ano, as horas trabalhadas registaram uma diminuição de 2,8% quando em Abril esta diminuição foi de 2,7%.
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