Carneiro desafia Governo a fazer acordo com a VASP para garantir distribuição de jornais
O secretário-geral do PS desafiou hoje o Governo a fazer um acordo financeiro com a empresa de logística VASP para garantir a distribuição de imprensa em todo o território e evitar uma "machadada fatal na voz das comunidades locais".
"O Governo tem o dever de dar seguimento ao diálogo que tinha existido, nomeadamente pelo anterior ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, para que fosse feito e fechado um acordo de financiamento para garantir que a VASP mantenha a distribuição da informação nas diferentes regiões do país", desafiou José Luís Carneiro.
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O líder socialista considerou que as opções do Governo e do ministro da Presidência "são uma machadada fatal na voz das comunidades locais, particularmente daquelas que estão sediadas no interior".
A redução das áreas de distribuição de imprensa é "a prova de que o país precisa verdadeiramente de uma política de coesão territorial e de desenvolvimento nacional", afirmou José Luís Carneiro, à margem de uma reunião do secretariado nacional do Partido Socialista, em Leiria.
O secretário-geral alertou que há o risco de "poder haver metade do país que fica sem distribuição da imprensa", o que "é bem a ilustração de como o país é desigual", ao denunciar que "esta opção do ministro Leitão Amaro, é contraditória com as opções de política que, por exemplo, foram adotadas quer pelo ex-ministro Poiares Maduro e também pelo ex-ministro, atualmente presidente na Câmara do Porto, Pedro Duarte".
A administração da Vasp anunciou na quinta-feira que admite interromper a distribuição diária de jornais nos distritos de Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança.
Em comunicado, a Vasp refere que "atravessa, neste momento, uma situação financeira particularmente exigente, resultante da continuada quebra das vendas de imprensa e do aumento significativo dos custos operacionais, que colocam sob forte pressão a sustentabilidade da atual cobertura de distribuição de imprensa diária".
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Esta conjuntura "tem impacto direto na viabilidade da distribuição diária de imprensa em pontos de venda, sobretudo nas regiões do interior do país, obrigando a empresa a reavaliar o seu modelo operativo e logístico", adianta a Vasp -- Distribuição e Logística, no dia em que o Correio da Manhã noticia que há "oito distritos em risco de ficarem sem jornais a partir de janeiro".
Face a isto, "e na ausência de soluções que assegurem a manutenção integral do serviço nos atuais moldes, a Vasp informa que se encontra a avaliar a necessidade de proceder a ajustamentos em determinadas rotas, nomeadamente nos seguintes distritos: Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança".
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