RTP quer incentivar produção de séries nacionais
A RTP quer reforçar a aposta em conteúdos com cunho nacional. A introdução de uma linha de produção regular de séries, documentários e programação geral mais variada para depois vender a outros mercados faz parte da estratégia da nova administração da RTP, segundo Nuno Artur Silva, responsável pelo pelouro de conteúdos.
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"Só faz sentido pensar a RTP como serviço público se tiver indústria audiovisual portuguesa", afirmou Nuno Artur Silva durante o II Encontro de Produtores Independentes de Televisão.
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O administrador confessa que esta aposta terá restrições orçamentais. "E vai ter outro custo, que não é financeiro, é de grelha". "Mas", continua, "ao contrário da SIC e da TVI, a RTP não vive exclusivamente à conta das receitas que gera" e "não se deve guiar só pelas audiências".
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Para Nuno Artur Silva, é cada vez mais uma obrigação da RTP ser responsável pela introdução da diversidade de conteúdos. Para tal, a nova administração liderada por Gonçalo Reis, decidiu abrir duas consultas públicas anuais para produtores independentes poderem apresentar as suas propostas. Até agora, era aberto um concurso por ano.
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Esta iniciativa, que é realizada em parceria com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) ao abrigo da lei para o Cinema e Audiovisual, vai decorrer em Maio e em Novembro.
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"Este ano, excepcionalmente por já estarmos em Maio, a primeira consulta decorrerá até Julho", detalhou o administrador.
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Outra das diferenças desta iniciativa, em relação às consultas públicas anteriores, passa por "serem previamente delineadas, ou seja, ir ao encontro daquilo que achamos prioritário para os canais". "Ao contrário das outras direcções [da RTP], nós dizemos "ainda bem" que temos estas obrigações com o ICA", comentou.
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Uma das prioridades, no âmbito desta parceira, passa pela produção de séries nacionais. "Vamos tentar incentivar a criação de séries", acrescentou, sublinhando que é importante inverter a tendência e começar a vender conteúdos de ficção fora de portas.
"Acho importante ter formatos estrangeiros adaptados. Mas para isso há a TVI e a SIC", sublinhou. E a única área onde Portugal consegue vender conteúdos é nas novelas", lamentou.
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Já Júlia Pinheiro, directora de programas da SIC, adiantou que a estratégia do canal da Impresa passará pela contínua aposta em programação nacional. "No ano passado trabalhámos com 19 produtoras independentes [portuguesas], passámos 2.190 horas de programação nacional ", um investimento de cerca de 26 milhões de euros, detalhou.
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A aposta na área multimédia também faz parte dos planos da RTP. Além do lançamento de um canal de múdica online a partir da Antena 3, "vamos fazer também um de música opo e a médio prazo um infantil".
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