Alibaba desafia empresas portuguesas a entrar na China
Com 1,4 mil milhões de habitantes, dos quais 802 milhões utilizadores de internet, a China é um dos mercados com maior potencial para as empresas portuguesas, e não só. E com o "boom" do online, todas as marcas querem estar presentes em plataformas de vendas electrónicas.
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Tendo em conta este cenário, o grupo chinês Alibaba veio a Portugal desafiar as empresas a aproveitarem a oportunidade do comércio online na China, que vale 15% do total das vendas.
"Acho que toda a gente percebe o potencial da China", começou por destacar Terry von Bibra (na foto), director-geral da Alibaba para a Europa esta quinta-feira, 29 de Novembro, na primeira conferência em Portugal do grupo de comércio online que tem mais de 601 milhões de consumidores activos. No entanto, sublinhou que não é fácil, uma vez que é muito competitivo.
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Uma opinião partilhada por Alba Ruiz Laigles, gestora comercial para Portugal e Espanha: "Ninguém disse que é fácil. É um mercado competitivo". "Por isso", continuou, "é preciso escolher o canal certo", disse durante a conferencia que contou com mais de 300 representantes de empresas e negócios nacionais, segundo a organização do evento. A conferência, que decorreu na Fundação Oriente, foi organizada em parceria com a Agência Portuguesa de Comércio (AICEP) e com o BCP, parceiro do Alibaba em Portugal na implementação da solução Alipay.
Já a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, aproveitou para destacar o crescimento do turismo em Portugal e lançar um desafio ao gigante chinês: "Portugal está a ser cada vez mais o lugar. Não só para visitar, mas para investir, viver e até para testar produtos como porta de entrada da Europa. Por isso, usem-nos, como porta de entrada, como cobaia para testar o mercado europeu".
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Como ter sucesso na China
O marketplace do Alibaba, o Tmall, já conta com a presença de algumas marcas portuguesas, entre as quais a Delta e a Parfois que também estiveram na conferência para partilhar a sua experiência.
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Apesar de estarem presentes nesta plataforma há pouco tempo, o balanço que fazem é positivo. Tal como a Aptoide que está presenta na Alicloud.
Rui Miguel Nabeiro, CEO da Delta, começou por destacar que aceitarem este desafio há um ano, que "tem sido de aprendizagem". Quando decidiram fazer a parceria com o Alibaba sabiam que "apenas 8% dos consumidores chineses bebem café. Mas esses 8% são 110 milhões", destacou.
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Como ter sucesso neste mercado? "É preciso ser paciente. A China é uma civilização milenar, são conhecidos pela paciência", aconselhou o gestor. "Sabendo esperar, sendo paciente e tendo o parceiro certo a coisa faz-se. Mas isto aplica-se a todos os negócios. Nós é que temos a mania de querer tudo feito". No entanto, deixou um alerta: "É importante ter consciência que o ecossistema tem complexidade".
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Uma "mania" partilhada também por Paulo Trezentos, CEO e co-fundador da Aptoide: "[Os chineses] São reservados. Privilegiam muito as ligações de longo prazo. No Ocidente somos mais voláteis".
Já Frederico Pulido, director de comércio electrónico da Parfois, destacou que não podiam "perder este barco" para entrar na China. "Ligar mundo físico ao digital é uma necessidade para a Parfois e para o sector do retalho em geral", acrescentou.
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Tendo em conta a presença dos vários responsáveis do grupo Alibaba na sala, o responsável da Parfois aproveitou para fazer um pedido: "A plataforma estar em inglês", disse, justificando com a dificuldade que às vezes têm em "chegar aos detalhes da plataforma".
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