DeepSeek alerta sobre impacto da IA no futuro da humanidade
Nasceu para concorrer com o ChatGPT, mas chegou tarde a uma batalha que não teve margem para vencer. Agora, o DeepSeek aborda o impacto da inteligência artificial (IA) na humanidade.
Um investigador da empresa chinesa responsável pelo "chatbot" chinês alertou para o impacto negativo que a IA vai ter nos humanos. Naquela que foi a primeira apresentação pública de um responsável do DeepSeek no espaço de um ano, Chen Deli colocou em cima da mesa a elevada probabilidade da tecnologia vir a causar uma vaga de despedimentos.
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Na Conferência Mundial da Internet, que juntou as seis principais empresas de tecnologia da China, também conhecidos como os "seis pequenos dragões da IA", Chen mostrou-se satisfeito com o impacto a curto prazo, mas o mesmo não se refletiu num tempo superior a 10 anos.
"A IA será uma grande ajuda para os humanos a curto prazo", disse, advertindo para a necessidade dos trabalhadores e empresas se acautelare. "Nos próximos 10 a 20 anos, a IA poderá substituir o resto do trabalho desempenhado por humanos, e a sociedade enfrentará um enorme desafio. Nessa altura, as empresas tecnológicas terão de assumir o papel de 'defensoras", apontou.
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Na visão do responsável, a preocupação deve começar a surgir nos próximos cinco a 10 anos, quando a tecnologia começar a ser suficientemente avançada para provocar perdas significativas de postos de trabalho. “Sou extremamente optimista quanto à tecnologia, mas vejo de forma negativa o impacto que ela pode ter na sociedade", confessou.
A plataforma chinesa ganhou espaço internacional no início do ano, quando anunciou ter um modelo de IA de baixo custo e que superou os concorrentes norte-americanos. Apesar do DeepSeek ser alvo de atualizações, e de ter o forte apoio de Pequim - que tem vindo a promover a plataforma como um símbolo tecnológico e da corrida contra os EUA -, não existem novidades sobre novos modelos.
DeepSeek
No entanto, o lançamento do DeepSeek não foi bom visto com bons olhos no mundo. Vários países da Europa pediram o bloqueio da plataforma, com receio que os dados fossem enviados para a China, enquanto os EUA iniciaram uma investigação ao modelo chinês, alegando que a ferramenta era uma forma de espiar os seus utilizadores.
Contudo, desde abril que as acusações chegaram ao fim. Os EUA e a China concentraram-se no desenvolvimento das suas próprias tecnologias e envolveram-se numa guerra comercial ferroz, que ainda não está totalmente decidida.
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