Uber apresenta prejuízos acima de 5 mil milhões e desilude nas receitas
A Uber registou um prejuízo de 5,24 mil milhões de dólares no segundo trimestre, um valor elevado que saiu em linha com as estimativas dos analistas.
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Uma fatia elevada das perdas – 3,5 mil milhões – está relacionada com o processo de entrada em bolsa, com o qual avançou no passado mês de maio, uma vez que a Uber teve que contabilizar as compensações relacionadas com a oferta pública inicial.
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Descontando estes custos outros itens, como juros e impostos, os prejuízos foram de 656 milhões de dólares, ainda assim abaixo do esperado (979,1 milhões de dólares).
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Mas a plataforma eletrónica de transportes desiludiu nas receitas. Estas cresceram apenas 12% para 2,87 mil milhões de dólares, ficando abaixo dos 3,05 mil milhões de dólares estimados pelos analistas. As ações afundam 5,6% no mercado "after hours", depois de terem fechado a sessão regular a disparar 8,35%.
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Na conferência com jornalistas, o CEO da Uber disse que os investidores podem esperar uma diminuição dos prejuízos no próximo ano. "Penso que 2019 será o ano do pico no nosso investimento. Em 2020 e 2021 vão ver os prejuízos baixar", afirmou Dara Khorowshasi, citado pela Bloomberg.
A empresa que entrou em bolsa em maio continua sem fornecer a Wall Street estimativas para os seus resultados.
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A Uber pretendia levantar até 10 mil milhões de dólares na sua operação de entrada em bolsa, avaliando a plataforma de transporte em cerca de 100 mil milhões de dólares, mas acabou por angariar 8,1 mil milhões de dólares, correspondentes a uma avaliação inicial de 82,4 mil milhões de dólares. A empresa estreou-se em Wall Street a valer 41,57 dólares no final da primeira sessão, 7,62% abaixo dos 45 dólares a que os títulos foram vendidos no IPO.
No mercado "after hours" as ações negoceiam nos 40,45 dólares, cerca de 10% abaixo do preço a que foram vendidas aos investidores.
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Esta oferta pública veio cerca de dois meses após a principal rival da Uber nos Estados Unidos, a Lyft, ter avançado com o seu IPO, o qual na altura se destacou como o maior do ano em Wall Street, com um encaixe máximo de 2,1 mil milhões de dólares, que avaliavam a companhia num máximo de 18,5 mil milhões de dólares.
A Lyft reportou perdas e vendas melhores do que o esperado, ao mesmo tempo que melhorou as próprias previsões. Além disto, o relatório apontava para um alívio na guerra de preços entre estas duas concorrentes.
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