A biofarmacêutica Bial assinou um acordo com a biotecnológica sem fins lucrativos Orphan Therapeutics Accelerator (OTXL) para agilizar a investigação e comercialização de terapias para doenças raras. Com isto, a Bial torna-se membro fundador da biotecnológica americana.

De acordo com comunicado enviado pela Bial, o acordo insere-se num conjunto de parcerias que a empresa sem fins lucrativos está a desenvolver com biotecnológicas globais focadas em doenças raras, farmacêuticas, empresas especializadas em investigação clínica e em fabrico farmacêutico e ainda fornecedores de plataformas baseadas em Inteligência Artificial. 

O objetivo destas parcerias é retomar o desenvolvimento de terapias que estavam em ensaios clínicos mas que foram descontinuadas pelas empresas devido a desafios financeiros ou de mercados. "O nosso objetivo ao apoiar este projeto ambicioso é fazer com que alguns destes tratamentos possam ser novamente investigados, nomeadamente em ensaios clínicos, para terem um impacto significativo para os doentes, bem como um valor substancial para aqueles que investem no seu desenvolvimento", afirma Smitha Jagadish, responsável por doenças raras na Bial.

A OTXL vai iniciar os trabalhos em até três programas para doenças raras com elevada necessidade de tratamento, expandindo posteriormente para outros projetos, tendo como base parte das receitas obtidas.

Dados recentes mostram que existem mais de 11 mil doenças raras diagnosticadas no mundo, sendo que 95% não tem tratamento e o acesso a terapias eficazes ainda se mostra um desafio.