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"Cloud" da Amazon tenta dar luz ao apagão. Serviços voltam a ficar online

A internet está a recuperar do apagão que mandou centenas de serviços abaixo. Fragilidades dos serviços da "cloud" ficaram expostas.

Pessoas em evento da AWS (Amazon Web Services)
Pessoas em evento da AWS (Amazon Web Services) Leonie Asendorpf/picture-alliance/dpa/AP Images
15:14

A Amazon Web Services (AWS) está a forçar que a "cloud" no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, fique operacional, levando a que centenas de sites e serviços voltem a ficar disponíveis no mundo. O problema surgiu durante a madrugada local (7h30 em Lisboa), e colocou centenas de serviços offline em todo o mundo.

O apagão foi sentido no segmento dos jogos, publicações noticiosas, plataformas de "streaming", redes sociais, setor bancário e das telecomunicações. Milhões de utilizadores foram afetados pelo problema da "cloud".

Esta interrupção destacou a fragilidade das empresas, mas também dos próprios servidores de "cloud", que dependem, na sua maioria, de um único provedor deste tipo de serviços. O problema da AWS surgiu de um erro no sistema DynamoBD, que gere bases de dados e processa milhões de dados de informação em simultâneo.

Na primeira comunicação a AWS revelou estar a lidar com um "problema operacional" que afetava 14 serviços distintos no centro localizado na Virgínia, apelidado de US-East-1. Ao desenrolar da madrugada, um total de 65 serviços foram impactados pelo apagão, com 37 destes já respostos.

"Estamos a investigar o aumento das taxas de erros e latências em diversos serviços da AWS na região US-East-1", formalizou a Amazon quando o problema começou a chegar às redes sociais. "Podemos confirmar o aumento dos erros para os serviços. O problema pode estar a afetar o reporte de casos por via do Centro de Suporte da AWS ou da API de apoio". A confirmação chegaria pelas 1h30 locais (8h30 em Lisboa).

Uma hora mais tarde, a AWS dava conta de "sinais significativos de recuperação" e que os pedidos já estariam a ser processados. Ainda assim, vários serviços continuariam em suspensos por mais duas horas.

O apagão afetou jogos, como Roblox e Fortenite, redes sociais como o Snapchat e Reddit, os próprios serviços da Amazon de comércio eletrónico, o "streaming" Prime, a campainha inteligente Ring e a assistente Alexa. 

Nos Estados Unidos, também o Signal foi alvo de falha, com uma associação não governamental a alertar para consequências democráticas. A Coinbase, a maior bolsa de criptomoedas dos EUA, também ficou com o serviço indisponível.

O The New York Times e a Associated Press foram afetadas e tiveram os seus servidores em baixo, o que dificultou a produção de notícias nas horas mais críticas. A Ticketmaster e a Lyft, concorrente da Uber, também estiveram em baixo.

Mas também as telecomunicações foram afetadas, sendo que os utilizadores em Portugal estavam a reportar dificuldades na Vodafone, Nos e Meo. E o mesmo aconteceu no setor bancário, com vários consumidores a alertar para a impossibilidade de acederem às suas contas. Na Europa, o banco BBVA e as telecom Movistar e Orange também sofreram.

Apesar da AWS ter sido constituída anos após a fundação da Amazon, esta representa hoje a maioria da faturação da empresa e dá apoio a mais de 200 "data centers" a nível global. O servidor da DynamoDB é capaz de processar mais de meio milhão de pedidos por segundo, o que exacerbou o apagão a nível geral.

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