Lucros da Tesla ficam aquém das expectativas apesar de vendas recorde
Os lucros da empresa liderada por Elon Musk, a primeira das Sete Magníficas do setor tecnológico dos EUA a apresentar resultados, recuaram 29% para 1,77 mil milhões de dólares, contra os 2,5 mil milhões do trimestre homólogo.
Os lucros da Tesla ficaram aquém das expectativas de Wall Street no terceiro trimestre, apesar de a empresa ter registado um recorde de vendas de veículos. Em termos globais, o lucro líquido da empresa liderada por Elon Musk recuou 29% para 1,77 mil milhões de dólares, contra os 2,5 mil milhões do trimestre homólogo, de acordo com o comunicado de apresentação de resultados divulgado esta quarta-feira.
Os lucros por ação (EPS) ajustados da empresa, a primeira das Sete Magníficas do setor tecnológico a apresentar resultados, foram de 0,50 dólares por ação, enquanto os analistas consultados pela Bloomberg esperavam 0,54 dólares. O EPS registou uma queda de 31% face aos 0,72 euros do período homólogo.
As receitas ficaram acima das previsões, com a empresa a arrecadar 28,1 mil milhões em vendas. Trata-se de uma subida de 12% em comparação com os 25,2 mil milhões do trimestre homólogo.
A empresa assinala que as receitas operacionais afundaram 40% em termos homólogos para 1,6 mil milhões, resultando numa margem operacional de 5,8%.
A Tesla refere que estes resultados foram impactados negativamente pelo aumento das despesas operacionais, a queda das receitas com créditos relacionados com a regulação ambiental, e o aumento do custo médio por veículo – em parte devido às tarifas da administração Trump.
Em contraponto, depois de várias descidas motivadas pelas polémicas intervenções políticas de Musk, neste trimestre a empresa registou entregas recorde, impulsionadas temporariamente por um crédito fiscal de 7.500 dólares na compra de veículos elétricos nos EUA, mas que terminou a 30 de setembro. Analistas consultados pela Bloomberg esperam que as vendas da Tesla caiam em 2025 pelo segundo ano consecutivo.
Quanto às perspetivas futuras, a empresa refere novamente no comunicado que é “difícil medir” o impacto das políticas orçamentais e comerciais globais nas suas atividades e operações.
Sobre os lucros, a empresa diz que, embora continue a “executar em inovações para reduzir o custo da produção e das operações, ao longo do tempo, esperamos que os nossos lucros relacionados com o hardware sejam acompanhados por uma aceleração dos lucros baseados na aceleração da IA, software e frotas".
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