Microsoft despediu 15 mil trabalhadores este ano. CEO diz que cortes "pesam muito"
O CEO reconheceu "gratidão" aos trabalhadores que foram demitidos. Sobre o novo ano fiscal, Satya Nadella assumiu que a tecnológica vai seguir vários modelos de negócio dentro da IA.
A Microsoft iniciou um novo ano fiscal, mas isso não afastou o CEO da tecnológica de lembrar os 15 mil trabalhadores que foram despedidos desde janeiro. Satya Nadella admitiu, numa carta enviada aos trabalhadores, que os despedimentos têm sido um peso.
"Tenho vindo a refletir no que já percorremos juntos e no caminho que se segue. Antes de mais, quero falar sobre algo que me tem vindo a pesa, e que sei que muitos estão a pensar: os despedimentos recentes. Essas decisões estão entre as mais difíceis que já tivemos de tomar", escreveu Nadella.
O CEO da Microsoft lembrou que estes chegaram a "colegas e amigos" de todos, e deixou uma mensagem de "gratidão àqueles que saíram" da empresa. "Os seus contributos moldaram quem somos como empresa, ajudaram a construir a base que somos hoje", adiantou.
Na missiva, o sucessor de Steve Ballmer à frente da Microsoft aproveitou para "reconhecer a incerteza e a aparente incongruência dos tempos que vivemos". Apesar das mudanças que são sentidas, "a Microsoft está a prosperar - o nosso desempenho no mercado, o posicionamento estratégico e o crescimento apontam para acima. Estamos a investir mais em Capex do que nunca", disse o líder.
Apesar de reconhecer que os números estão a crescer e que os investimentos efetuados se estão a traduzir em resultados positivos, o CEO da tecnológica admite que "o número geral de trabalhadores permanece relativamente inalterado (...) e, no entanto, estamos a enfrentar demissões".
"Este é o enigma do nosso sucesso numa indústria que não tem valor de 'franchise'. O progresso não é linear. É dinâmico, às vezes dissonante e sempre exigente. Mas esta é uma nova oportunidade para moldarmos, liderarmos e termos um impacto maior do que nunca", disse Nadella.
Lembrando que as tecnológicas têm estado a acompanhar a ascensão da Inteligência Artificial, ou pelo menos a tentar, Satya Nadella assume que estão a ser criados novos modelos de negócio e novas funções.
A Microsoft mostra-se focada em três missões: "segurança, qualidade e transformação de IA". "Estamos a duplicar os nossos fundamentos enquanto definimos novas fronteiras em IA. A segurança e qualidade não são negociáveis. A nossa infraestrutura e serviços são de missão crítica para o mundo, e sem eles não temos permissão para avançar".
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