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Nvidia nega que os seus 'chips' representem risco de segurança após acusações na China

Poucas semanas depois de ter conseguido autorização para vender semicondutores para a China, a Nvidia foi chamada a prestar esclarecimentos no país.

Jensen Huang anuncia autorização dos EUA para envio de 'chips' Nvidia para a China
Jensen Huang anuncia autorização dos EUA para envio de 'chips' Nvidia para a China Ritchie B. Tongo /EPA
04 de Agosto de 2025 às 07:19

A empresa tecnológica norte-americana Nvidia negou que os seus chips representem um "grave problema de segurança", depois de ter sido convocada pela Administração do Ciberespaço da China (CAC) para prestar esclarecimentos, noticiou esta segunda-feira o portal de notícias Yicai.

A cibersegurança é de "importância crucial" para a empresa californiana, indicou a Nvidia, depois de a CAC ter revelado, na passada quinta-feira, que pediu à empresa explicações e provas relativamente a alegados "riscos de rastreamento" e "controlo remoto" dos seus 'chips' H20, um produto concebido especificamente para o mercado chinês.

"A Nvidia não insere 'portas traseiras' [backdoors no original em inglês] nos seus chips que permitam acesso ou controlo remoto por terceiros", assegurou a empresa, num comunicado.

A autoridade chinesa indicou que "recentemente foram tornados públicos graves problemas de segurança com os 'chips' informáticos da Nvidia" e que "legisladores norte-americanos exigiram que os 'chips' exportados a partir dos EUA incluam funcionalidades de rastreamento e localização".

Na nota divulgada, a CAC cita ainda "especialistas norte-americanos em inteligência artificial", que alegadamente afirmaram que os 'chips' da Nvidia "estão equipados com tecnologias avançadas de rastreamento, localização e desligamento remoto".

A controvérsia surge poucas semanas depois de Pequim ter saudado a decisão de Washington de voltar a autorizar a venda destes 'chips' à China, após uma suspensão imposta no âmbito da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O 'chip' H20 é uma das versões de menor capacidade desenvolvidas pela Nvidia para o mercado chinês, em resposta às restrições impostas nos últimos anos pelos EUA sobre a exportação de chips avançados utilizados em inteligência artificial -- um setor estratégico tanto para os Estados Unidos como para a China, que ainda depende do exterior neste domínio.

Durante o período em que o H20 esteve impedido de entrar no mercado chinês, vários distribuidores locais passaram a oferecer outros modelos mais potentes, como o B200 -- utilizado por empresas como OpenAI, Google ou Meta para treinar modelos de inteligência artificial -- no que o jornal britânico Financial Times descreveu como um "mercado negro em expansão".

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