Receitas da TSMC sobem 39% à boleia do "boom" da inteligência artificial
Os resultados superaram as projeções dos analistas e provam que o "susto" nos mercados provocado pela empresa chinesa DeepSeek não se prolongou no tempo.
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A Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), a maior produtora mundial de processadores, anunciou receitas de 934 mil milhões de dólares de Taiwan, cerca de 27,2 mil milhões de euros ao câmbio atual, no segundo trimestre. O valor representa uma subida de 39% face a igual período do ano passado.
Os resultados superaram as projeções dos analistas, que antecipavam que a empresa anunciasse uma faturação na ordem dos 928 mil milhões de dólares de Taiwan.
De acordo com a Bloomberg, a tecnológica está a capitalizar a elevada procura que existe por microprocessadores para sistemas de inteligência artificial (IA). A TSMC é a empresa que faz a produção das unidades de processamento gráfico (GPU) da Nvidia, a gigante norte-americana que tem batido recordes de valor de mercado e de faturação, graças à elevada procura de chips para IA.
A fabricante de Taiwan é também responsável pela produção dos chips que equipam alguns dos principais dispositivos de eletrónica de consumo, como os smartphones da Apple.
Os resultados acima do esperado por parte da TSMC também mostra que o "susto" provocado nos mercados pela empresa de inteligência artificial chinesa DeepSeek (que mostrou ser possível criar sistemas avançados de IA, mas sem a necessidade dos mais recentes processadores da Nvidia), parece ter sido temporário (na época, as principais tecnológicas perderam centenas de milhões de euros na bolsa de valores).
O presidente executivo (CEO) da TSMC, C.C. Wei, tinha dito aos acionistas da empresa em junho que a procura por chips especializados para sistemas de IA ainda é superior à capacidade de produção. Para tentar responder à oportunidade de mercado, a tecnológica de Taiwan prometeu investir até 100 mil milhões de dólars no estado do Arizona, nos EUA, estando também a avaliar investimentos em países como a Alemanha e o Japão.
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