Administração da Oi aprova mudanças no plano de recuperação
O conselho de administração da Oi, detida em mais de 20% pela Pharol, estava a ser pressionado pelos vários agentes envolvidos no processo de recuperação da operadora. Credores, equipa de gestão, governo brasileiro e o tribunal que tem em mãos o processo de recuperação judicial da Oi. Todos pressionaram a administração da Oi para implementar alterações ao processo de forma a desbloquear a situação.
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Mas terá sido deterimante a posição do tribunal. Os responsáveis judiciais deixaram claro que se o conselho de administração mantivesse a sua postura, que limitava a capacidade dos gestores para negociarem com os credores, poderia ser posta a votação um plano alternativo - que o conselho de administração recusou - e que foi apresentado pelos próprios credores.
O conselho de administração reuniu-se esta quarta-feira, 22 de Novembro, tendo aprovado uma série de "ajustes" ao plano, de forma a incluir as exigências.
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Por um lado, os credores poderão participar no aumento de capital, com valores entre 3,5 mil milhões e 5,5 mil milhões de reais (entre mil milhões de euros e 1,7 mil milhões). O plano de recuperação judicial anterior não fixava nenhuma participação máxima.
O novo plano estipula também que os accionistas subscrevam 2,5 mil milhões de reais no aumento de capital. "Além disso, também está prevista a emissão de debêntures conversíveis em acções, no valor total de 3 mil milhões de reais", adianta o comunicado emitido pela Oi.
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Outra alteração está relacionada com o pagamento de comissões aos credores que participarem da capitalização. Este "será realizado no momento da capitalização e não mais antecipadamente, como consta da versão protocolada em Juízo." Sendo que este pagamento poderá ser feito em dinheiro ou em acções.
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A Oi adianta que a percentagem "a ser paga aos credores que aportarem recursos na empresa é de 14% do valor da capitalização em dinheiro novo no primeiro ano e cumulativamente de 8% no segundo ano."
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Estas alterações deverão assim desbloquear a situação e viabilizar a assembleia-geral que está agendada para 7 de Dezembro.
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