Altice avalia venda de operação em Israel no seguimento de desinvestimentos

Depois de explorar a venda da SFR em França, a Altice poderá também abandonar o mercado móvel israelita. O grupo de Patrick Drahi recebeu uma proposta da Bezeq para comprar a HOT Mobile por 594 milhões de dólares.
Pedro Catarino
João Silva Jesus 16 de Julho de 2025 às 13:32

A Altice continua a desfazer-se de ativos numa tentativa de reduzir a pesada dívida acumulada nos últimos anos. Desta vez, o grupo de Patrick Drahi recebeu uma proposta para vender a sua operação móvel em Israel. A unidade Pelephone, pertencente à operadora israelita Bezeq, apresentou uma oferta de 2 mil milhões de shekels, cerca de 594 milhões de dólares, para adquirir a totalidade da HOT Mobile, controlada pela Altice International.

A informação foi avançada pela própria Bezeq, numa comunicação enviada na terça-feira à bolsa de Telavive. A empresa esclarece que se trata de uma manifestação de interesse não vinculativa e que não há garantias de que a proposta leve a negociações ou a um acordo final.

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A concretização da operação depende ainda da aprovação da autoridade da concorrência israelita. A HOT Mobile, por sua vez, não comentou para já a oferta, de acordo com a agência Reuters. Segundo a imprensa local, a Altice já estaria a considerar vender uma participação minoritária na HOT. A proposta agora apresentada poderá representar um avanço significativo nos planos de saída do mercado israelita.

Este novo episódio surge num momento em que a , a sua principal operadora em França, cujo valor poderá atingir os 21 mil milhões de euros. A Orange, a Bouygues e a Free estão a estudar a divisão dos ativos da SFR, num processo que pode reduzir o número de operadoras no mercado francês e facilitar a consolidação do setor.

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O grupo de Drahi tem vindo a desfazer-se de várias participações para aliviar uma dívida que, no pico, superou os 60 mil milhões de dólares. Em França, a Altice já reduziu a dívida da SFR de 24 mil milhões para 15,5 mil milhões de euros, embora tenha perdido 45% da empresa no processo. A eventual saída de Israel representa mais um passo no redesenho do grupo e no esforço para acalmar os credores.

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