Cacesa puxa pelos lucros dos CTT para 32,8 milhões
Os CTT revelaram lucros de 32,8 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, numa subida homóloga de 18,4%, impulsionados pela integração da espanhola Cacesa. O terceiro trimestre contribuiu com 10,7 milhões de euros para as contas totais, tanto que o lucro disparou 34,9% face a 2024. Além do impulso da Cacesa nas Encomendas, os certificados de aforro continuam a puxar pelas contas.
Em comunicado enviado à CMVM, os CTT revelam que o EBITDA ascendeu a 134,8 milhões de euros, um crescimento de 21,9% face ao período homólogo, com as receitas a atingirem os 911,2 milhões de euros, um aumento de 15%, enquanto os gastos operacionais se agravaram em 13,9% para 776,4 milhões. A empresa atribui a evolução mais expressiva das receitas ao "forte desempenho do Expresso e Encomendas".
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O segmento de logística continua a crescer, à boleia do Expresso e Encomendas, tendo registado receitas de 775,8 milhões de euros até setembro, um aumento de 14,3%. Na área de Expresso e Encomendas, beneficiando da "consolidação da Cacesa a partir de 30 de abril de 2025", as receitas atingiram os 434,2 milhões de euros entre janeiro e setembro, o que representou um salto homólogo de 31,4%, à boleia das compras online.
"Este crescimento foi impulsionado principalmente: pelo aumento do tráfego, que atingiu 108,4 milhões de objetos nos nove meses de 2025, tendo em média, sido processados cerca de 582 mil objetos por dia útil", lê-se no relatório em que os CTT salientam também a compra da Decopharma no início do terceiro trimestre por dois milhões de euros, que posicionará ainda mais a empresa como um operador de logística.
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Ainda assim, a atividade de setembro foi impactada "pelo tufão de grande intensidade ocorrido em algumas zonas na China, o que provocou o cancelamento de centenas de voos e interrupção de atividades económicas e de logística, retendo um volume significativo de tráfego de encomendas que acabou por atrasar a sua entrada nos CTT".
O segmento dos Correios atingiu ganhos de 341,6 milhões de euros até setembro, significando uma quebra homóloga de 6,6 milhões de euros ou uma variação de -1,9%. A pressionar este resultado estiveram o correio endereçado, com uma descida de 7,2 milhões de euros, o correio publicitário não endereçado com uma queda de 0,7 milhões de euros e os pagamentos com uma diminuição de 1,7 milhões de euros. Apenas as soluções empresariais apresentaram uma evolução positiva.
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Já o Banco CTT apresentou lucros de 104 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um crescimento homólogo de 8%, assente "pelo contínuo aumento da base de clientes (+3,8%)", o que conduziu a um aumento do volume de negócios para 7.590 milhões de euros e uma margem financeira de 76,9 milhões de euros. As comissões ascenderam a 24,5 milhões de euros, num incremento de 14%. Até setembro, o Banco CTT apresentava 701 mil contas à ordem.
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Os Serviços Financeiros continuam a puxar pelos resultados dos CTT. Este segmento de atividade da empresa ganhou 31,4 milhões de euros até setembro, valor que representa um salto homólogo de 80,8%. "Este crescimento resulta maioritariamente do desempenho dos títulos de dívida pública", justica a empresa liderada por João Bento.
Mesmo com as alterações das condições e comercialização dos títulos de dívida pública, os certificados de aforro receberam subscrições no montante de 5.013,5 milhões de euros, o que compara com os 3.998,4 milhões de euros registados no mesmo período de 2024. "Os certificados de aforro continuam a ser uma alternativa competitiva em termos de aplicações de capital garantido", apontam os CTT.
E a justificação para um maior apetite recai sobre o canal digital. "O alargamento ao canal digital tem-se revelado uma alternativa comercial atrativa, representando no período 9,2% do volume de operações do produto, o que corresponde a um total de subscrições superior a 114 milhões de euros", adianta. Assim, os certificados de aforro e os certificados do tesou apresentaram rendimentos de 19,8 milhões de euros, representando um disparo de 175,4%.
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