Governo não dará autorização para eventual despedimento de 3 mil trabalhadores na PT
O primeiro-ministro, António Costa, assegurou hoje que o Governo "não dará qualquer autorização" para um eventual despedimento por parte da Altice de cerca de três mil trabalhadores na PT, considerando que "nada o justifica".
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No debate quinzenal no Parlamento, coube à deputada do PEV Heloísa Apolónia fazer a primeira intervenção, na qual considerou importante que António Costa, "em nome do Governo, anunciasse que não aceitará a intenção da Altice" de despedir cerca de três trabalhadores na PT, segundo uma notícia avançada pelo semanário Expresso.
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"O Governo não dará qualquer autorização para que existam esses despedimentos. Nada o justifica. Temos, aliás, a indicação de que já terá havido um desmentido por parte do CEO da Altice", respondeu o primeiro-ministro.
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De acordo com a deputada do PEV, "esta intenção, para ser concretizada, terá que ter o estatuto de empresa em reestruturação".
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, insistiu na questão e perguntou directamente ao primeiro-ministro se o Governo se "compromete em salvaguardar" que "esse crime que os donos da PT querem fazer".
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A resposta de António Costa foi curta e no sentido das pretensões comunistas: "Não autorizamos qualquer despedimento dessa natureza na PT", disse o primeiro-ministro já depois de ter garantido que até ao momento o Executivo não tinha recebido "nenhum pedido nesse sentido".
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Minutos antes, tinha sido a vez da deputada do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, colocar a mesma questão mas em relação à Efacec, empresa que recentemente pediu o estatuto de empresa em reestruturação para, em caso de necessidade, facilitar a rescisão de contratos de até 409 trabalhadores.
Costa disse que tomava nota da questão mas assumiu que não sabia responder. Prometeu falar com o ministro da Solidariedade e "depois darei a resposta".
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De acordo com a edição do Expresso de sábado, a PT quer avançar com rescisões em larga escala e já abordou o Governo, podendo estar em causa até 3.000 postos de trabalho.
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O Expresso revelou que a PT ainda não pediu o estatuto de empresa em reestruturação, mas já sondou o Executivo, tendo a ideia sido recebida com apreensão.
(Notícia actualizada às 16:40 com respostas aos deputados Jerónimo de Sousa e Catarina Martins)
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