Henna Virkunnen: "É um desafio para as operadoras de telecomunicações não termos um mercado único no digital"

A vice-presidente da Comissão Europeia admite "desafios" na competitividade digital na UE, mas diz que existem as bases para o sucesso das empresas.
Henna Virkunnen: 'É um desafio para as operadoras de telecomunicações não termos um mercado único no digital'
Philipp von Ditfurth / picture-alliance / dpa / AP Images
Lusa 11:15

A vice-presidente executiva da Comissão Europeia para a Soberania Tecnológica, Segurança e Democracia considerou esta terça-feira que uma das prioridades é criar mais mercado único e defendeu o incentivo de investimentos atendendo ao atraso nas metas da conectividade.

Henna Virkkunen falava no FT Connect Europe Fórum, que decorre em Bruxelas e que reúne vários operadores europeus, entre os quais a Meo.

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No geral, "quando olhamos para os nossos mercados digitais na União Europeia e para a nossa competitividade, penso que enfrentamos alguns desafios principais e, claro, com o 'Digital Networks Act' [Lei das Redes Digitais], estamos também a concentrar-nos nestas áreas", começou por referir a responsável.

"Há um aspeto que ficou muito claro quando falamos da nossa competitividade e da razão pela qual temos esta lacuna em termos de inovação é que temos, como sabem, uma base muito forte para sermos competitivos na Europa no que diz respeito a tecnologias e diferentes negócios, porque temos um grande conjunto de talentos aqui", prosseguiu, apontando que Europa tem boa investigação e ciência.

"Temos uma base industrial muito forte e também 'startups' muito promissoras, milhares delas, a trabalhar com as novas tecnologias, mas falta-lhes um mercado único e também é um desafio para as nossas operadoras de telecomunicações o facto de ainda não termos um mercado único no que diz respeito ao digital", sublinhou Henna Virkkunen.

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Por isso, "uma das nossas prioridades será criar mais mercado único", sublinhou, recordando os relatórios de Enrico Letta e Maria Draghi que referem isso mesmo, analisando diferentes setores na União Europeia.

Finanças, energia e as telecomunicações foram frequentemente mencionadas como os principais setores onde se necessita "de um mercado único mais amplo".

"E, claro, queremos impulsionar a competitividade do mercado e também incentivar a inovação", acrescentou.

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Tal como a 'cloud', o 6G e os satélites, "precisamos também de ter em conta o desenvolvimento de novas tecnologias de IA", disse Henna Virkunnen, bem como investimentos.

"Precisamos de incentivar os investimentos porque ainda estamos atrasados em relação às nossas metas de conectividade", apontou vice-presidente executiva da Comissão Europeia, porque as boas e inteligentes ligações modernas "são a base todas as inovações e de todas as tecnologias da União Europeia.

Portanto, "impulsionar também os investimentos, as inovações, criar um mercado único mais vasto e, claro, simplificar as regras, porque a simplificação é uma parte muito importante da nossa política de competitividade do ponto de vista comercial", disse.

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"Queremos ter a certeza de que estamos a cortar na burocracia" na nossa indústria, acrescentou.

Henna Virkunnen destacou ainda que a cibersegurança é uma parte importante da segurança, um tema que considerou importante.

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