Mais clientes aumentam receitas. Nos lucra 112,5 milhões no primeiro semestre

Venda das torres de comunicações à Cellnex continua a pesar nas contas da operadora. Excluíndo o impacto positivo de 53 milhões de euros no primeiro semestre do ano passado, lucros subiram mais de 18%.
Operadora não conseguiu fugir das mais valias encaixadas no ano passado.
Inês Pinto Miguel 21 de Julho de 2025 às 16:52

A Nos conquistou mais clientes. Conseguiu gerar mais receitas, fechando os primeiros seis meses do ano com um resultado líquido de 112,5 milhões de euros. No ano passado, a operadora ganhou 148,6 milhões de euros, mas devido à mais-valia gerada com a venda das torres à Cellnex. Sem esse efeito extraordinário teria obtido lucros de 95,4 milhões, com as contas deste semestre a representarem uma melhoria de 18,3%. 

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a operadora de Miguel Almeida assistiu a uma melhoria do EBITDA consolidado de 5,1% nos primeiros seis meses do ano para 395,3 milhões de euros. A impulsionar esta subida esteve o EBITDA de telecomunicações, que cresceu 4,2% para 364,3 milhões de euros, enquanto o das Tecnologias de Informação (TI) subiu 16,1% para 8,4 milhões e o de Cinema e Audiovisual cresceu 17% para 22,6 milhões.

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Nos primeiros seis meses do ano, a Nos viu o número de clientes crescer em 215 mil em relação ao primeiro semestre do ano passado, o que levou a operadora a passar de 10,5 milhões para 10,7 milhões de serviços. 

As receitas subiram 3,8% para 879,6 milhões de euros, com as telecomunicações a representarem a maior "fatia", num crescimento de 3% para 781,9 milhões. A Nos explica que a subida refletiu "o aumento do número de serviços, nomeadamente empresariais, cujas receitas cresceram 9,4% para 218,1 milhões". 

A forte aposta nas novas avenidas de crescimento em combinação com uma crescente eficiência operacional no negócio de telecomunicações, permitem-nos encarar o futuro da empresa com otimismo. Miguel Almeida, CEO da Nos

Assistiu-se ainda a um aumento de 15,2% nas receitas do cinema e audiovisual, para 48,9 milhões de euros comparado com o período homólogos, assente na como o "Lilo & Stich", "Minecraft" ou "Missão Impossível".

A destacar-se esteve também a divisão de negócio de TI, da qual faz parte a Claranet Portugal. As receitas deste negócio cresceram 5,6% para 66,4 milhões de euros.

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Na carta que acompanha os resultados dos primeiros seis meses do ano, o CEO da Nos lembra que foi efetuado "um investimento de 228 milhões de euros", que teve a inovação como base. 

Depois da , finalizada em março deste ano, Miguel Almeida recorda o lançamento de ferramentas na nova área de negócio, ligada à cibersegurança, continuando a apostar em processos apoiados por Inteligência Artificial generativa. 

"O sucesso deste programa, ainda longe de esgotar o seu potencial, tem permitido a expansão da margem operacional, que neste semestre cresceu 0,6 pontos percentuais.  Aliado ao crescimento das receitas, esta expansão de margem levou a um crescimento do EBITDA em 5% e a um crescimento do 'cash flow' operacional de 19% neste semestre", escreve o CEO da operadora na mensagem. 

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"A forte aposta nas novas avenidas de crescimento em combinação com uma crescente eficiência operacional no negócio de telecomunicações, permitem-nos encarar o futuro da empresa com otimismo, apesar do contexto de mercado progressivamente mais difícil", termina o responsável na mesma missiva.



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