Preços das telecomunicações estabilizam em julho
Os preços das telecomunicações subiram 1,7% em julho de 2022 face ao período homólogo, divulgou esta quinta-feira a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). Esta variação, justifica a reguladora, "foi influenciada sobretudo pelo aumento de preços implementados pela MEO, NOS e Vodafone em abril do corrente ano".
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Já quando comparado ao mês anterior, os preços, medidos através do respetivo sub-índice do Índice de Preços do Consumidor, mantiveram-se inalterados. "Este crescimento dos preços foi 7,3 pontos percentuais (p.p.) inferior ao verificado pelo IPC", acrescenta ainda a nota.
Nos últimos dozes meses, a taxa de variação média dos preços em Portugal foi de 1,8%, ou seja, 2,9 p.p. abaixo da registada pelo IPC. "Em julho de 2022, esta taxa foi superior à verificada na União Europeia (+1,3 p.p.). Portugal registou a oitava variação de preços mais elevada (20.ª mais baixa) entre os países da UE", aponta a Anacom, acrescentando que o maior aumento de preços ocorreu na Polónia (+5%) enquanto a maior diminuição foi na Bulgária (-4,6%). Em média, os preços das telecomunicações na União Europeia aumentaram 0,5%.
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A reguladora das comunicações aponta ainda que, numa perspetiva de longo prazo e em termos acumulados, os preços das telecomunicações cresceram 12,3% desde o final de 2010 enquanto o Índice de Preços do Consumidor cresceu 20,5%. Entre 2015 e 2019 a variação acumulada dos preços chegou mesmo a ultrapassar a variação acumulada do IPC "devido aos ajustamentos de preços efetuados pelos principais prestadores", detalha.
"Uma análise comparativa mais fina, permite constatar que, entre o final de 2009 e julho de 2022, os preços das telecomunicações diminuíram 13,9% na Bulgária, enquanto na Hungria, em Portugal e na Roménia aumentaram 2,1%, 10,3% e 18,9%, respetivamente", adianta ainda a Anacom. Portugal regista a maior subida nos preços neste período, apenas superado por Roménia e Eslováquia (11,7%).
A reguladora aponta ainda que verificaram-se três serviços/ofertas com aumentos de preços e quatro com diminuições. "Em relação ao mês homólogo do ano anterior e por prestador, a MEO aumentou a mensalidade de dois serviços/ofertas e diminuiu a mensalidade de três serviços/ofertas. Por sua vez, a NOS aumentou a mensalidade mínima de um serviço/oferta em relação ao mês homólogo do ano anterior, enquanto a NOWO diminuiu a mensalidade de um serviço/oferta", detalha.
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Banda larga: preços em Portugal são os quintos mais carosNa análise mensal da evolução dos preços das telecomunicações, a Anacom aponta que os preços da banda larga fixa praticados em Portugal são os quintos mais caros da União Europeia. À frente estão "apenas os preços praticados na Bélgica, Croácia, Grécia e Dinamarca", refere a Anacom, apontando que Portugal integra o grupo "dispendioso" ou "relativamente dispendioso" da Comissão Europeia em todos os perfis de utilização de banda larga fixa considerados e de utilização convergentes.
"Os preços da banda larga fixa isolada (single play) em Portugal encontravam-se entre 40% e 49% acima da média da UE, consoante a velocidade de download considerada. Os desvios eram mais elevados para as velocidades mais altas", detalha.
Ainda esta quinta-feira, a Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas (APRITEL), que compilou dados do Eurostat relativos a julho, revelou que os preços dos serviços de internet de banda larga fixa caíram 4,1% em Portugal nos últimos 12 meses, sendo o segundo país onde se registou a maior descida, atrás da Eslovénia.
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