"Queremos crescer nas TI e temos bastante ambição na Claranet", diz Nos
Num mercado em que as telecomunicações estão estagnadas e com pouco desenvolvimento, as operadoras estão a apostar as fichas no digital, mais propriamente nas Tecnologias de Informação (TI). Este é o exemplo da Nos, que no ano passado comprou 20% da DareData e em março deste ano finalizou a compra da Claranet Portugal.
Na apresentação dos resultados, em que a operadora liderada por Miguel Almeida lucrou 112,5 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, o CEO disse aos analistas que o objetivo é fazer crescer a Claranet Portugal e apostar nas TI.
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Questionado sobre se o mercado ainda pode assistir a custos de integração da Claranet Portugal na Nos, Miguel Almeida reiterou que os custos já foram todos contabilizados e que também não existem sinergias planeadas.
"Não temos prioridade nas sinergias da Claranet. Queremos crescer o negócio e temos bastante ambição de crescimento [nas TI]. É aí que está o nosso foco", vincou o responsável na apresentação aos analistas.
Propositadamente, o arranque da conferência foi dedicado à Claranet, cujos resultados já foram visíveis nas contas da Nos. "Este trimestre consolidámos a Claranet Portugal pela primeira vez", disse Manuel Ramalho Eanes, administrador executivo da operadora, admitindo uma receita ajustada de 130 milhões de euros no total de 2024.
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"A aquisição da Claranet Portugal aumentou a exposição da Nos a um mercado quatro vezes maior e em crescimento. Estimamos que o mercado das telecomunicações em Portugal valha 1,1 mil milhões de euros e o mercado de TI valha cerca de 4,6 mil milhões de euros", sustentou o mesmo administrador, justificando a aposta.
Segundo os dois responsáveis, é neste segmento de atividade, cujas receitas subiram 16,1% para 8,4 ,milhões de euros no primeiro semestre, que a Nos assiste a "vantagens competitivas" e a um "elevado potencial de crescimento".
A revenda dos serviços da Claranet "é fundamental, no sentido em que coloca o grupo Nos no centro de um fluxo de negócios de fabricantes-chave em Portugal de hardware e software", o que permite alavancar e posicionar o negócio no mercado, explica o administrador.
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