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Altice não prevê vender Meo em breve e está a explorar outras opções

A Altice garante que não está prevista a conclusão de nenhuma operação de venda no mercado português em breve e continua a explorar eventuais oportunidades que podem passar por outras opções estratégicas. Mas não tem pressa. Os cerca de mil milhões da venda da plataforma Teads vão ser direcionados para abater dívida.

João Cortesão
29 de Agosto de 2024 às 13:48

A Altice esclareceu que não está nos planos a venda da operação em Portugal em breve, mas continua a explorar outras oportunidades. Durante a conferência telefónica com analistas, no âmbito dos resultados do segundo trimestre,  o CFO da Altice Internacional, Malo Corbin, detalhou que estão a avaliar "outras opções".

Apesar de não ter avançado com mais detalhes, a nova estratégia pode vir a passar pela venda de alguns ativos em separado e não pela operação como um todo. "Em Portugal, temos infraestruturas e muitos ativos valiosos e há apetite por alguns destes ativos", revelou. Porém, sublinhou que neste momento "não há nenhuma operação em concreto. Quando houver, iremos anunciar".

Os responsáveis da Altice mostraram-se confiantes com o futuro da operação em Portugal e acreditam que irá continuar a tendência de crescimento que vinha a registar. Estão confiantes que a ligeira queda das receitas em 1,7% causada pela quebra do negócio da Altice Labs não se irá repetir.

"Portugal continua a ser o principal ativo do grupo e a registar um crescimento orgânico saudável", sustentou. 

Tal como os analistas ouvidos pelo Negócios tinham explicado, tendo em conta a conclusão dos recentes negócios com receitas superiores a mil milhões de euros, a Altice não tem pressa para vender a Meo que é considerado a joia da coroa do grupo. As negociações com a Saudi Telecom tiveram um ponto final no mês passado por diferentes visões relacionadas com o preço. Segundo a Blomberg, o grupo de Patrick Drahi apontava para os 8 mil milhões de euros. 

Além disso,  a Altice já assegurou o reembolso das próximas linhas de obrigações, só precisa de se refinanciar após 2025. E a venda da plataforma de publicidade em vídeo Teads terá um contributo importante.

Na mesma conferência, os responsáveis da Altice confirmaram que o destino do encaixe de cerca de mil milhões de euros com esta alienação - outro dos temas que estava a gerar expectativa junto dos credores -  será para abater dívida. A operação deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2025.

Fica a faltar saber o destino, e valor, da venda da posição de 24,5% da Altice na British Telecom (BT) à gigante indiana Bharti. Esta operação não faz parte do universo da Altice Iternational. 

A Altice Internacional mantém o guidance de reduzir o rácio de dívida sobre o EBITDA de 5 vezes para 4 vezes. 

No global, a Altice International, que inclui as operações em Portugal, Israel e República Dominicana, registou uma queda das receitas de 2,2% para cerca de mil milhões e o EBITDA recuou 1,1% para 412 milhões de euros. 

Em Portugal, os proveitos caíram 1,7%, em Israel recuaram 5,3% e na República Dominicana diminuíram 1,6%.

(Notícia atualizada às 14h20)

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