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Dono da Altice quer encaixar 10 mil milhões com venda da fibra em França

Com a dívida reduzida, Drahi está a tratar da venda de ativos. Depois da SFR e Hot Mobile, a rede de fibra XpFibre, em França, poderá ser colocada à venda.

Patrick Drahi está preparado para avançar com a venda da rede de fibra.
Patrick Drahi está preparado para avançar com a venda da rede de fibra. AP
15:33

O patrão da Altice está preparado para se desfazer de mais um ativo no seu portefólio: a rede de fibra XpFibre, onde controla 50,01% através da Altice France. Com este ativo novamente disponível para compra, sabe-se que já existem interessados e Patrick Drahi está a tentar vender a rede por 10 mil milhões de euros. 

Segundo o Financial Times, Drahi está a contar com a escala da rede e com a sua rentabilidade para alavancar o preço de venda, de forma a encaixar o maior montante possível. 

Entre os interessados pela maioria do capital da rede de fibra estão os americanos KKR e Global Infrastructure Partners, a francesa Ardian, os australianos IFM Investors e o fundo de pensões canadiano La Caisse.

Contudo, os interessados avaliam o ativo abaixo do preço pretendido pelo empresário, disponibilizando entre 7 e 8 mil milhões de euros. A última tentativa de venda, no ano passado, falhou por Drahi e os potenciais compradores não chegarem a acordo devido à valiação da XpFibre.

A motivação para vender este ativo chega num momento em que Patrick Drahi continua sob pressão para reduzir a dívida do império da Altice. Ainda assim, conseguiu renegociar com os credores a redução para 15,5 mil milhões de euros, em vez dos 24 mil milhões em que a dívida se fixava em fevereiro.

A infraestrutura de fibra de Drahi chega a sete milhões de habitações em França, com a XpFibre a descrever-se como "o principal operador independente de França". O restante capital da rede é detido pela Omers Infrastructure, Allianz e Axa Investment Managers.

De recordar que Patrick Drahi colocou a Hot Mobile à venda em Israel e já tem uma proposta superior a 500 milhões de euros em cima da mesa, e que a SFR também está à venda, embora os operadores concorrentes estejam a ponderar avançar para um "carve-up" (separação de ativos) da empresa de telecomunicações.

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