Pharol lucrou 20,7 milhões em 2019
A empresa liderada por Luís Palha da Silva obteve lucros, por via do que recebeu da Oi. Mas agravou as imparidades por conta da Rioforte.
A Pharol teve lucros de 20,7 milhões de euros em 2019, o que compara com prejuízos de 5,6 milhões de euros um ano antes.
Segundo a empresa, liderada por Luís Palha da Silva, o resultado positivo acima dos 20 milhões deve-se em particular aos 36,8 milhões de euros que a Pharol recebeu pelo acordo com a Oi, o que compensou a imparidade que voltou a registar por via do crédito sobre a Rioforte e dos custos operacionais.
A Pharol registou nova imparidade pela Rioforte de 11,6 milhões. É que cada vez é menor o valor que a Pharol espera receber pelo crédito sobre a empresa que está em insolvência no Luxemburgo. "O valor expectável do crédito sobre a Rio Forte sofreu uma redução de 1,47 milhões de euros neste segundo semestre de 2019, a acrescer aos 10,1 milhões de euros de imparidade já registados no primeiro semestre do mesmo ano", diz a empresa em comunicado.
A Pharol assinala ainda que os capitais próprios sofreram uma redução de 14,7 milhões, para os 131,5 milhões de euros, o que, indica, reflete "o resultado líquido positivo no montante de 20,7 milhões de euros, e a desvalorização da participação na Oi em 33,3 milhões de euros decorrente da queda da cotação em bolsa e da desvalorização do real".
Os custos operacionais recorrentes diminuiram 22%, cifrando-se em 4,2 milhões de euros, beneficiando de "uma redução significativa na aquisição de serviços jurídicos relacionados com a posição no Brasil".
A empresa liderada por Luís Palha da Silva refere ainda que "com as medidas da recuperação judicial já na sua fase final de implementação e tendo sofrido uma diluição na sua participação, a Pharol volta a estar sujeita no Brasil a flutuações ligadas ao desempenho operacional da companhia Oi".
No que toca à estrutura acionista, o maior acionista da Pharol é a Telemar, que é detida na totalidade pela Oi, com 10% do capital. Seguem-se o Novo Banco, com 9,56%, a Real Vida Seguros, com 4,34%, e a Abante Asesores, com uma participação de 2,03%.
A Pharol indica, nas perspetivas futuras que "a curto médio prazo, parece não estar excluída a possibilidade de venda do negócio da comunicação móvel [pela Oi], o que, a concretizar-se, aumentaria de forma significativa a capacidade de investimento na infraestrutura de fibra".
Já sobre a Rio Forte, a cotada do PSI-20 nota apenas que "tendo em conta este arrastar de processos, a Pharol registou, durante 2019, nova imparidade dos activos associados, sendo hoje o valor contabilístico do crédito de 63 milhões de euros, o equivalente a 7,02% do seu valor nominal".
(notícia atualizada às 21:04)
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