Portagens nas pontes sobre o Tejo podem aumentar 2,38% em 2026

Passar a 25 de Abril e a Vasco da Gama, as duas pontes da concessão da Lusoponte, vai ficar mais caro no próximo ano. As subidas serão de, em média, 2,28%, sendo adicionado 0,1% pela compensação do travão acionado em 2023.
Bruno Simão
Paulo Moutinho 07:30

O novo ano traz preços mais elevados nas portagens das travessias rodoviárias na cidade de Lisboa. Tanto a 25 de Abril como a Vasco da Gama vão ficar mais caras, com os aumentos das taxas a poderem ser, em média, de 2,38%, isto já considerando o acréscimo de 0,1% previsto. As subidas poderão variar entre 5 e 10 cêntimos.

De acordo com os dados da estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística, a taxa de inflação homóloga sem a habitação fixou-se em 2,28% no mês de setembro. Só a leitura final definirá o aumento efetivo, mas este dado já dá uma projeção do que poderá acontecer a 1 de janeiro nas portagens das pontes em Lisboa.

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Setembro é o mês que é considerado para a atualização das taxas de portagem na concessão da Lusoponte, que tem as pontes sobre o Tejo, sendo que as restantes portagens têm como referência os dados de outubro.

A subida dos valores de portagem será, contudo, maior já que à taxa de inflação sem habitação terá de ser adicionado 0,1%. Ou seja, o agravamento é de 2,38% em 2026, a confirmar-se na leitura final os valores da estimativa rápida.

Este adicional de 0,1% resulta de um Decreto-Lei de 2022 em que foi estabelecido um regime excecional de atualização das tarifas e taxas de portagem para o ano de 2023. Nesse ano, o travão à subida dos valores (fruto da escalada da inflação) permitiu às concessionárias aplicarem nos anos seguintes um extra face ao aumento com base na evolução dos preços.

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Atualmente, a taxa de portagem da ponte 25 de Abril é de 2,15 euros, isto considerando a Classe 1, referente aos veículos ligeiros. No caso da Ponte Vasco da Gama, um automóvel de passageiros paga 3,30 euros.

Considerando os 2,38%, as taxas de portagem nestas duas pontes deverão ser agravadas entre 5 e 10 cêntimos, sendo que estes aumentos são sempre feitos em múltiplos de 5 cêntimos. Os valores finais serão propostos pela Lusoponte durante o mês de dezembro.

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