ANA quer máximos de espera nos aeroportos e aponta problemas nos sistemas RAPID
A gestora aeroportuária ANA defendeu esta terça-feira que o desafio técnico do novo sistema de controlo nas fronteiras não pode pôr em segundo plano a garantia de um tempo máximo de espera e apontou problemas nos sistemas RAPID.
"O desafio técnico e de coordenação dessa evolução não pode, entretanto, deixar num segundo plano a necessidade para essas entidades de garantir aos passageiros um tempo máximo de espera nas fronteiras, à semelhança dos níveis de serviço exigidos para os processos sob responsabilidade da ANA", apontou, em resposta à Lusa.
PUB
A PSP reconheceu que hoje está a ser "um dia crítico" no aeroporto de Lisboa, com os passageiros fora da União Europeia (UE) a esperarem mais de 90 minutos nas partidas e chegadas devido ao novo sistema de controlo.
Desde domingo que está em funcionamento em Portugal e restantes países do espaço Schengen o novo sistema europeu de controlo de fronteiras para cidadãos extracomunitários em que as entradas e saídas de viajantes de países terceiros passam a ser registadas eletronicamente, com indicação da data, hora e posto de fronteira, substituindo os tradicionais carimbos nos passaportes.
A ANA -- Aeroportos de Portugal disse ainda que grande parte dos sistemas RAPID, que fazem o reconhecimento automático dos passageiros, "têm estado com problemas no seu funcionamento".
PUB
Esta gestora aeroportuária garantiu estar a colaborar com as autoridades a apoiar os passageiros, "dentro do que está ao seu alcance", distribuindo água e comida.
Por outro lado, referiu ter a expectativa de que o reforço dos recursos por parte das entidades competentes permita a "implementação de um compromisso de tempo espera máximo nas fronteiras do país".
Na segunda-feira, o Sistema de Segurança Interna (SSI) destacou o sucesso do arranque deste novo sistema, mas hoje a situação alterou-se, com dezenas de milhares de cidadãos estrangeiros de fora da UE nas partidas e chegadas no aeroporto de Lisboa.
PUB
Segundo o responsável pela Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF) da PSP, a terça-feira é o dia com mais voos de e para fora do espaço Schengen (espaço europeu de livre circulação de pessoas e mercadorias) e o novo Sistema de Entrada/Saída (EES) exige "um tempo de processamento na fronteira" maior.
"O dia de hoje, olhando ao período em que estou nestas funções, há mais de um ano, está a ser o dia mais desafiante até à presente data pelo volume dos passageiros nas partidas e chegadas, que está a obrigar uma grande taxa de esforço e de empenhamento de recursos", frisou João Ribeiro.
O diretor nacional-adjunto da Polícia de Segurança Pública salientou que "tudo o que ultrapassa 90 minutos" constitui um "risco para os passageiros, a experiência é negativa, há voos que são perdidos e há voos que podem ser cancelados".
PUB
O sistema, que funciona nos aeroportos e nos portos, permite ainda a "deteção automática de ultrapassagem do período legal de estadia no espaço Schengen", bem como a interoperacionalidade com "outras bases de dados europeias".
Em Portugal, a implementação do sistema é assegurada pelo SSI, em articulação com a PSP, a GNR, a ANA, as administrações portuárias e a Autoridade Nacional de Aviação Civil.
Saber mais sobre...
Saber mais Fundos de investimento Investimentos Empresas Ministro (governo) Polícia de Segurança Pública Portugal Lisboa União Europeia Ees João RibeiroA vitória de Putin
Desculpas de mau pagador
Mais lidas
O Negócios recomenda