CEO da TAP desvaloriza atraso de "dois ou três meses" na privatização
O presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, descartou esta quarta-feira qualquer impacto na TAP do atraso da privatização decorrente da queda do Governo e considerou "fundamental" a continuação da estratégia para o turismo que tem sido seguida "independentemente da cor política".
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"Sou funcionário público, tenho que ter cautela [com a resposta]", começou por destacar o gestor quando foi questionado sobre o impacto de um novo atraso no processo de venda da companhia área durante o CNN Summit, que está a decorrer hoje na BTL - Better Tourism Lisbon Travel.
"Como já tenho referido, a TAP era uma empresa anormal, funcionava muito mal e estava nas notícias não pelas melhores razões. Hoje, é uma empresa normal, porque todos estes fatores saíram de cena", lembrou.
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Para Luís Rodrigues, "a TAP tem obrigação de ser uma empresa de referência no setor, e lá fora tem uma imagem muito melhor do que tem em Portugal. E esse caminho para a excelência é independente da privatização. É óbvio que a privatização tende a acelerar isso, mas ninguém está a falar no fim [da venda da TAP], mas no adiamento de dois a três meses", comentou.
Durante a sua intervenção, o presidente executivo da TAP aproveitou para destacar a importância da continuidade das políticas que têm sido implementadas pelos vários secretários de Estado do Turismo.
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"Constroem em cima do que os outros construíram, não destroem independentemente da cor política. E continuar a fazer esse trabalho é fundamental", referiu.
"O turismo tem mostrado ao país que não é um excesso" e a "TAP é uma peça desse ecossistema e está a fazer o seu papel", acrescentou.
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A queda do Governo, após o parlamento ter chumbado a moção de confiança apresentada pelo Governo, levará a um novo atraso na privatização da TAP, um processo que despertou o interesse dos três grandes grupos europeus do setor: Air France-KLM, IAG (dona da Iberia e British Airways) e Lufthansa.
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