Era melhor vender a TAP toda? "Não escondo que era a minha opinião", diz Montenegro

O primeiro-ministro respondeu à deputada Mariana Leitão, da Iniciativa Liberal, dizendo que prefere a venda integral da TAP, mas que há a necessidade do Estado viabilizar o crescimento da transportadora aérea com um parceiro.
Luís Montenegro respondeu à deputada Mariana Leitão da Iniciativa Liberal, que defende a venda total da TAP.
Tiago Petinga/Lusa
Inês Pinto Miguel 17 de Julho de 2025 às 17:13

O primeiro-ministro decidiu não esconder, em resposta à deputada Mariana Leitão, de que preferia vender a TAP numa só fatia, mas que há a necessidade de prudência e que a privatização de uma posição minoritária reflete isso mesmo. Esta venda, e consequente entrega da gestão, vai servir para olhar para uma segunda fase.

"Não escondo que [privatização total] é a minha opinião, mas temos de ser realistas e prudentes. Esta é uma primeira fase, de 49,9% do capital", respondeu Luís Montenegro. 

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Na visão do primeiro-ministro, a venda desta percentagem, sendo que 5% se destinam aos trabalhadores, vai permitir com que o Estado português "verifique o alcance das propostas que nos vão ser apresentadas" e se estas "se coadunam com o nosso objetivo de viabilizar a companhia e perspetivar o seu crescimento". 

Sobre a gestão da TAP passar para as mãos dos privados, Luís Montenegro deixou claro que esta é uma necessidade. "É evidente que temos de dar instrumentos de gestão, porque senão ninguém vai empenhar o seu capital privado para não ter o mínimo de capacidade de gestão na companhia".

Será a partir desta gestão, em que serão analisados vários parâmetros, que o primeiro-ministro admite trabalhar na próxima fase de privatização, alienando totalmente o capital da empresa para os privados. "Vamos, a partir daí, ver o que se pode fazer numa segunda fase, mas temos de garantir condições políticas e comerciais para ter uma boa operação, e foi isso que fizemos", considerou. 

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O primeiro-ministro garantiu que a decisão de venda de 44,9% a uma entidade privada foi tomada de forma prudente e consciente. Ainda assim, Luís Montenegro lembrou que a privatização total da empresa, como a Iniciativa Liberal defende, iria "esbarrar no Parlamento". "Sabe o que ia acontecer no final do dia? Ia ficar tudo na mesma".

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