IAG admite "esperar para ver as condições" à compra da TAP
O grupo IAG voltou a assumir o interessa na compra de uma posição na TAP, mesmo depois do anúncio de que será minoritária. Ainda assim, a dona da British Airways e Iberia entrou em modo "esperar para ver" o caderno de encargos, que deverá ser conhecido na próxima semana.
"O Governo português anunciou a 10 de julho que ia privatizar parte da companhia. Querem vender 49%, sendo que 5% são para os trabalhadores", lembrou o CEO do grupo, Luis Gallego, durante a teleconferência com analistas.
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Apesar do interesse à compra da TAP ter sido sempre reforçado, a última vez foi no dia do arranque do processo de privatização, o CEO assegurou que o grupo quer que o Governo publique o caderno de encargos para existirem "indicações claras sobre o processo e as condições exigidas".
"Já dissemos no passado que estamos interessados para ver se pode ser um bom acrescento ao grupo. A TAP pode crescer junto de um grupo como o nosso", vincou Luis Gallego.
A dona da Iberia diz estar "focada nas ligações do Atlântico" - uma das condições do Governo português, especialmente devido ao Brasil -, pelo que a adição da companhia portuguesa ao portfólio seria positiva, mas "precisamos de esperar para ver as condições". "Se não soubermos as condições, não sabemos se é o momento certo para desenvolver os negócios", atirou o responsável.
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Numa nota enviada às redações antes da "call" com os analistas, o IAG mostrou-se satisfeito com o lançamento da privatização, embora tenham sido dados poucos detalhes. Nesta nota, o porta-voz do IAG já dava conta de que os termos têm de ser os adequados para o IAG conseguir avançar com uma proposta.
"Se os termos forem adequados, acreditamos que a TAP poderá ter sucesso enquanto parte do modelo distintivo e comprovado do IAG. A solidez financeira do IAG permite-nos modernizar a nossa frota, investir em aeronaves de nova geração e produtos essenciais", escreveu o porta-voz.
Para comprovar que a TAP poderia ter uma integração positiva no portfólio, foi dado o exemplo do "sucesso da Aer Lingus", que entrou para o grupo em 2015. "A Aer Lingus reforçou a sua marca e mais do que duplicou a sua capacidade de longo curso no 'hub' de Dublin. Atualmente, a Aer Lingus conta com 20 destinos na América do Norte, comparando com apenas 4 em 2013. Este compromisso e crescimento têm sustentado o aumento do número de empregos na Aer Lingus e viabilizado um programa de transformação que beneficia os clientes", exemplifica.
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