Menzies perde "handling" para espanhóis devido a menos recursos humanos
O júri do concurso para assistência em escala ('handling') nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro considerou que a proposta do consórcio Clece/South faz uma melhor afetação de meios humanos e materiais do que a da Menzies.
No relatório preliminar, a que a Lusa teve acesso, o júri liderado por Sofia Simões deu uma classificação de 95,2523 ao agrupamento Clece/South, do universo Iberia, tendo a Menzies (antiga Groundforce) terminado com uma classificação de 93,0526.
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A Acciona, que também apresentou proposta, foi excluída, por certos documentos não cumprirem as disposições legais.
O relatório preliminar emitido pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) apontou que, na escolha do vencedor, um dos critérios passava pela apresentação de quadros com a identificação do número mínimo de meios materiais (NMM) e de meios humanos (NMH) "a serem afetos às atividades de assistência a bagagem, assistência a carga e correio e assistência a operações em pista, por aeroporto, para dois cenários teóricos".
E foi neste ponto, designado de exercício teórico com dois cenários por aeroporto, que o consórcio espanhol Clece/South registou melhor pontuação do que a Menzies, sendo que nos outros critérios de avaliação - meios materiais e meios humanos - as pontuações são iguais.
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Nestes dois últimos critérios foram avaliados fatores como o equipamento ambientalmente mais favorável, a antiguidade do equipamento, experiência dos trabalhadores e colaboradores com contrato sem termo.
"Analisadas as propostas apresentadas, o júri propõe a seleção do concorrente cuja proposta ficou ordenada em primeiro lugar Clece, S.A.", segundo o documento, "para prestador de serviços de assistência em escala a terceiros, por um período de sete anos" para os aeroportos de Lisboa, Porto e Faro.
"Mais se propõe que os concorrentes, querendo, se pronunciem, por escrito, no prazo máximo de cinco dias úteis, a contar da data da disponibilização do presente Relatório na plataforma eletrónica, ao abrigo do direito de audiência prévia", destacou.
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Num comunicado hoje divulgado, a Menzies Aviation disse que foi na quarta-feira "formalmente notificada dos resultados do relatório preliminar emitido pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) relativamente ao concurso para a renovação das licenças de atividade nos três aeroportos do continente português - Lisboa (LIS), Porto (OPO) e Faro (FAO)", disse a empresa.
"A Menzies lamenta este resultado e não concorda com a classificação atribuída", assegurou, indicando que acredita que a sua proposta "apresenta excelência operacional comprovada, continuidade e uma força de trabalho plenamente qualificada, composta por mais de 3.500 colaboradores que, de forma consistente, têm prestado serviços de elevada segurança e qualidade aos clientes e à comunidade".
A empresa lembrou que, desde a aquisição da SPdH (antiga Groundforce) pela Menzies Aviation, em 2024, "tem mantido um forte desempenho operacional, elevados padrões de conformidade e relações laborais construtivas, sustentadas por um Acordo de Empresa que protege os direitos dos colaboradores e assegura a estabilidade dos serviços".
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O grupo acredita que a sua proposta "representa o melhor valor global e o menor risco para a ANAC e para o público em geral".
"Com base na análise efetuada às outras propostas apresentadas, consideramos que existem múltiplos fundamentos objetivos e técnicos para contestar o relatório preliminar da ANAC, conforme os prazos estabelecidos pelo procedimento concursal", salientou.
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