“Os tempos do orgulhosamente sozinho acabaram” para a TAP
A TAP está à venda. O processo de privatização da companhia aérea já arrancou, com o CEO confiante de que “daqui a um ano estaremos integrados num grupo gigante de aviação”. E alerta que é bom que assim seja já que se tal não acontecer será “muito difícil” para a empresa sobreviver num setor cada vez mais competitivo.
“Os tempos do orgulhosamente sozinho já foram. Houve um tempo em que isso era possível. Agora já não. Se estivermos sozinhos vai ser muito duro”, afirmou Luís Rodrigues no World Aviation Festival, na FIL, em Lisboa. E, diz o CEO, a expectativa é de que a TAP não fará esse caminho sozinha.
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Considerando os prazos do processo de venda da posição minoritária no capital da empresa, o CEO diz que “daqui a um ano estaremos integrados num grupo gigante de aviação”. “Estamos felizes por podermos estar integrados num grupo maior”, acrescentou.
Apesar dessa perspetiva positiva, o CEO quer a TAP a trabalhar como se não estivesse em curso esta operação. “O que dizemos aos nossos trabalhadores é: vamos continuar a trabalhar como se isso [a integração num grande grupo] não fosse acontecer”, conta, rematando: “não sabemos se vai acontecer ou não, vai se materializar, mas espero que aconteça”.
Continuar a trabalhar para a TAP é identificar rotas de crescimento da operação, algo que tem vindo a ser feito. Luís Rodrigues diz que a TAP tem “espaço para crescer em negócios não relacionados com o transporte de passageiros, como manutenção e engenharia”, mas o foco está nos voos, nas rotas, com algumas geografias em particular.
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“Temos um bom equilíbrio geográfico entre a América do Norte, a América do Sul, a Europa e África, o que é bom”, afirmou o CEO nesta feira de aviação que se realiza em Lisboa. “É fácil concentrarmo-nos na Europa e na América do Norte. Eles são dois dos maiores mercados” para as companhias aéreas. “Mas a América do Sul e a África são áreas onde temos uma força particular”, acrescentou.
Nestas geografias, Luís Rodrigues destaca claramente o Brasil, “Tem sido, desde sempre, o país mais promissor”. “Ainda é. Ainda há uma grande oportunidade” neste mercado, diz.
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