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ANA: Problemas no abastecimento de aviões em Lisboa continuam, 64 voos cancelados

A ANA - Aeroportos de Portugal continuava esta quarta-feira, cerca das 23:00, a resolver os problemas de abastecimento de aeronaves no Aeroporto de Lisboa que obrigaram ao cancelamento, até ao momento, de 64 voos.

EuroAtlantic Boeing 767 Aeroporto Lisboa
EuroAtlantic Boeing 767 Aeroporto Lisboa Miguel Baltazar
10 de Maio de 2017 às 23:40

Fonte da empresa precisou à agência Lusa que foram cancelados 64 voos, 11 desviados e 322 afetados por atrasos, na sequência de um problema no sistema de abastecimento de combustíveis dos aviões no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Anteriormente, pelas 19:20, a ANA tinha previsto que os problemas pudessem estar resolvidos até às 21:00.

Em conferência de imprensa, o director do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, João Nunes, tinha explicado que os problemas com o abastecimento começaram hoje pelas 12:00.

Realçando tratar-se de "uma situação que aconteceu pela primeira vez", o responsável explicou que o abastecimento começou a ser feito com recurso a autotanques, o que permitiu a partida de alguns voos, mas sem garantir o normal funcionamento da operação. "Se não fosse o abastecimento por autotanque estaríamos em muitos maus lençóis neste momento", declarou.

Milhares de pessoas ficaram esta tarde retidas na zona de embarque do Terminal 1 do Aeroporto de Lisboa, à espera de informações sobre o atraso ou eventual cancelamento de voos, com os passageiros a descreverem um "cenário caótico".

O sistema de abastecimento de combustível ao Aeroporto de Lisboa é da responsabilidade do GOC [Grupo Operacional de Combustíveis, liderado pela Petrogal e que reúne as principais petrolíferas].

Para quem ficou retido em Lisboa, o director do Aeroporto Humberto Delgado garantiu que serão asseguradas "condições mínimas de descanso".

A avaria que bloqueou hoje o abastecimento das aeronaves no Aeroporto de Lisboa afectou, além do sistema de alimentação principal, também o redundante, devido a uma entrada de ar que fez desferrar o circuito, segundo fonte aeroportuária.

João Nunes explicou que a avaria deu-se quando, "por um motivo de operação, num dos três tanques de abastecimento de combustível, houve uma situação que aconteceu pela primeira vez, que foi 'desferrar'", devido ao facto de ter começado a entrar ar.

Por questões de segurança e precaução, existe um circuito redundante de abastecimento, mas, segundo o mesmo responsável, "infelizmente, o que aconteceu não afetou só o sistema de alimentação principal, também no sistema redundante entrou ar", criando dificuldades em resolver o problema e obrigando ao recurso a camiões autotanques.

"Deparámo-nos com uma incapacidade de abastecimento de combustível. O abastecimento de combustível às aeronaves é feito fundamentalmente por hidrantes. São sistemas que levam o combustível até às várias posições de estacionamento dos aviões. Nessas posições de estacionamento há umas viaturas que acabam por fazer 'o bombeiro' para cada uma das aeronaves (...) . Nós temos um sistema sofisticado", garantiu. 

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