pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

ANAC está a analisar queixas das companhias aéreas ao aumento das taxas da ANA

As reclamações das companhias aéreas à decisão da ANA de subir 14,55% as taxas reguladas no próximo ano estão ainda a ser analisadas pela ANAC, a quem a empresa do grupo Vinci já moveu cinco processos. Decisão será tomada em meados de dezembro, diz Ana Vieira da Mata.

Ana Vieira da Mata
Ana Vieira da Mata Miguel A. Lopes / Lusa
30 de Novembro de 2023 às 11:48

Ana Vieira da Mata, a personalidade indigitada para o cargo de presidente da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) que é atualmente vogal do conselho de administração, afirmou esta quinta-feira no Parlamento que o regulador está neste momento a analisar as reclamações das companhias aéreas depois da decisão da ANA – Aeroportos de subir em 14,55% as taxas aeroportuárias em 2024.

A responsável salientou na comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação que o prazo para os utilizadores apresentarem reclamações terminou a 18 de novembro, estando agora o regulador a analisar os fundamentos das reclamações de forma a decidir se acomoda ou não essas justificações.  

"Temos 20 dias para dar resposta. Em meados de dezembro, em princípio, sairá a deliberação do conselho de administração", disse, adiantando que neste momento são cinco os processos que a ANA tem contra a ANAC por causa das taxas aeroportuárias e pontes telescópicas.

"São cinco processos em que a ANA discorda da posição do regulador e desafiou a posição do regulador no tribunal. Mas a decisão da ANAC prosseguiu, de forma rigorosa, objetiva e determinada", afirmou.

No início de novembro, a comissão executiva da ANA decidiu subir as taxas reguladas no conjunto dos aeroportos portugueses em 14,55% no próximo ano, o que equivale a um acréscimo de 1,60 euros, sendo que o maior aumento terá lugar em Lisboa, na ordem dos 16,98%, o que equivale a 2,29 euros.

Além da atualização tarifária, que resulta da fórmula prevista no seu contrato de concessão, a ANA quer ainda acrescentar um adicional devido a ajustamentos por erros de estimativa de 2022 que pretende recuperar no próximo ano.

Na audição, obrigatória ao abrigo da lei-quadro dos reguladores, Ana Vieira da Mata assumiu ainda como uma "preocupação" a capacidade declarada do aeroporto de Lisboa e a questão dos constrangimentos que "não desapareceu".

"A atuação da ANAC está balizada no enquadramento regulatório, mas para além desse enquadramento há a questão no terreno para mitigar constrangimentos para que haja serviços aéreos mais eficientes e para que para o passageiros seja uma boa experiência, sem atrasos ou disrupção, referindo-se aos grupos de trabalho que têm sido criados todos os anos envolvendo navegação aérea, aeroportos, handling e companhias para identificar e mitigar esses constrangimentos.

Na audição, Ana Vieira da Mata disse ainda que o quadro da ANAC é atualmente composto por 300 pessoas, mas que o objetivo para 2024 é contratar mais 10, frisando ainda a intenção de atrair e reter mais jovens.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio