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"Estamos preparados para estimular procura" dos Estados Unidos, assume Air France-KLM

Os europeus estão a escolher outros locais para férias, afastando-se dos Estados Unidos, ao contrário do que seria de pensar. A procura dos americanos pela Europa está a ser positiva e a Air France-KLM não mostra grande preocupação, apesar de indicar estar preparada para estimular a procura.

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air france, aviões, aviação Christophe Petit Tesson/Epa
30 de Abril de 2025 às 16:42

O grupo Air France-KLM mostra-se receoso com a procura da Europa para os Estados Unidos, mas sustenta que está preparado para responder a uma falha quando se trata do inverso. 

Em conferência de imprensa sobre os resultados do primeiro trimestre, o CEO Ben Smith aproveitou para abordar as perspetivas para a temporada que se avizinha e que, normalmente, se traduz em números positivos para as companhias aéreas.

"As nossas reservas estão fortes, mas estamos atentos ao que está a acontecer no mundo, especialmente nos Estados Unidos", explicou Steven Zaat, diretor financeiro do grupo Air France-KLM.

"Não mudámos a capacidade do grupo", vincou o diretor financeiro, acrescentando que "o verão é sempre uma temporada com bom desempenho".

Já Ben Smith assegurou que o grupo continua a lidar com a incerteza global, mas que tem os seus objetivos bem definidos e tudo parece encaminhado. 

"O segmento 'premium' proveniente dos Estados Unidos está a aguentar. Estamos a observar um ligeiro decréscimo nas restantes reservas, mas estamos preparados para agir, caso se mantenha assim, com uma redução de preços para estimular a procura", disse o CEO durante a apresentação. 

Zaat explicou que a procura dos norte-americanos pela Europa se manteve, tendo sido observado um aumento das reservas. Contudo, os europeus estão a mostrar-se receosos e estão a afastar-se dos Estados Unidos. 

"Se não tivessemos esta incerteza, acredito que a procura ia continuar a aumentar", adiantou Ben Smith. 

Questionados sobre preocupações para o verão, o CEO explicou que estão a preparar as companhias. "É preocupante, mas não vamos mudar a forma como operamos ou a nossa capacidade só por causa do que tem sido dito. Vamos lidar com isso como sempre o fizemos", esclareceu. 

Mesmo com a incerteza a fazer-se sentir, o grupo de aviação prevê um aumento da capacidade anual entre os 4% e os 5%, com a Transavia a representar o maior espaço, na ordem dos 10%.

Ao contrário do que seria de pensar - dado que as tarifas de Trump irão afetar o poder de compra dos cidadãos americanos -, os voos transatlânticos estão a ser afetados pela falta de procura em direção aos Estados Unidos.

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