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Hábito de voar menos vai manter-se no pós-pandemia

Quase um terço da população global estaria disposta a voar menos, mesmo com o fim das restrições por causa da pandemia, segundo uma sondagem que mostra uma convicção crescente de que ações individuais têm impacto no clima.

aviao avioes pista aeroporto
aviao avioes pista aeroporto iStock
16 de Janeiro de 2021 às 21:00

A sondagem com mais de 30 mil pessoas publicada esta semana pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) revela que 72% dos europeus e americanos e 84% dos chineses acham que o comportamento individual pode fazer a diferença no combate às alterações climáticas, um aumento entre 7 e 12 pontos percentuais face o ano passado.

Os entrevistados consideram agora que deixar de voar seria uma das coisas mais fáceis ao seu alcance para reduzir a pegada de carbono, e mostraram-se muito mais relutantes em suspender o streaming de vídeo, comprar roupas novas ou comer carne.

Quando as restrições relacionadas à covid-19 forem suspensas, 43% dos europeus, 40% dos americanos e 65% dos chineses disseram que vão tentar evitar viagens aéreas, de acordo com a sondagem realizada em outubro. Muitos deles citaram as alterações climáticas como o principal motivo.

Embora o número de passageiros tenha caído no ano passado devido à pandemia, a previsão é que a aviação responda por uma parcela crescente da poluição por carbono nas próximas décadas. O setor despejou mais de mil milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera em 2019, segundo a BloombergNEF, e as companhias aéreas mostraram pouco sucesso até agora na redução das emissões.

Salto quântico

"O período pós-Covid-19 proporcionará uma oportunidade de dar um salto quântico na transição para uma economia de baixo carbono e resiliente ao clima", disse o vice-presidente do BEI, Ambroise Fayolle.

No entanto, a sondagem também revelou que as pessoas estão muito menos dispostas a desistir de ter um carro, o que poderia ter um impacto climático maior. A aviação responde por apenas 2,5% das emissões globais, enquanto o transporte rodoviário é responsável por cerca de 15%.

Numa lista de ações para combater as alterações climáticas, 39% dos europeus e 38% dos americanos disseram que renunciar a ter um carro seria o mais difícil. Isso destaca a necessidade de as fabricantes investirem em veículos elétricos e movidos a hidrogénio para reduzir o impacto ambiental.

Sem surpresa, uma grande proporção de pessoas em todo o mundo disse que é menos provável usarem o transporte público por causa da Covid-19. As alternativas de transporte tiveram forte aumento: 89% dos entrevistados chineses, 73% dos europeus e 69% dos americanos disseram estar a usar mais a bicicleta e a andar a pé.

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