pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

NAV garante mais 20 anos no centro que vigia o Atlântico

A empresa pública investiu 5,2 milhões de euros na remodelação do Centro de Controlo Oceânico em Santa Maria, de onde faz a gestão de tráfego aéreo em 5,18 milhões de km². Em 2022, será Lisboa a receber investimento de 25 milhões, dos quais 11,8 milhões no Top Sky.

NAV
NAV João Cortesão
17 de Novembro de 2021 às 08:20
  • Partilhar artigo
  • ...

A NAV Portugal inaugura esta quarta-feira a nova sala de operações do Centro de Controlo Oceânico, de onde vigia todo o espaço aéreo no Atlântico Norte que está sob responsabilidade portuguesa, numa área total de 5,18 milhões de km2² – o equivalente a 58 vezes Portugal continental e mais do que toda a UE. Este investimento na Região de Informação de Voo (RIV) de Santa Maria, nos Açores,  totaliza 5,2 milhões de euros, e antecede o que a empresa de navegação aérea prevê realizar em 2022 na RIV de Lisboa. Neste caso, vai canalizar no próximo ano 24,6 milhões de euros, dos quais 11,8 milhões diretamente associados ao novo sistema de gestão do tráfego aéreo, Top Sky.

O investimento realizado em Santa Maria, feito com recursos próprios da NAV – que tem como receitas as taxas de rota e de terminal cobradas às companhias aéreas –, eleva para 72,7 milhões de euros o valor investido nesta RIV em quase 20 anos, salientou ao Negócios Pedro Ângelo, administrador da empresa pública.

Entre 2022 e 2026, a NAV tem também já comprometidos mais 25,8 milhões para a região, o que elevará a quase 100 milhões de euros o investimento na  operação em Santa Maria. "Com a renovação total da sala de operações e as atualizações que iremos fazer ao sistema, sinalizamos um compromisso de continuar na região por mais 20 anos", explica. "Só daqui a 20 anos é que pode ser equacionada a manutenção ou não do centro no Atlântico".

O administrador da NAV recorda que foi o atual secretário-geral da ONU, então primeiro-ministro português, que decidiu na década de 90 que a empresa de  navegação aérea deveria continuar a exercer a sua atividade em Santa Maria, perante a possibilidade de passar a ser operada a partir de Lisboa. "António Guterres entendeu que, em termos de  responsabilidade social, a RIV de Santa  Maria devia continuar a ser operada a partir da região e a empresa tomou a decisão estratégica de permanecer em Santa Maria. A empreitada que agora fizemos é o reafirmar do compromisso que temos com a Região Autónoma dos Açores", afirmou.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio