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A estratégia para aumentar as cargas, reduzir as emissões e digitalizar os portos

O plano estratégico para os portos visa em 10 anos aumentar em 50% a carga total, reduzir em 80% as emissões de CO2 e assegurar 100% de digitalização.

Porto de Lisboa
Porto de Lisboa Mário Cruz/Lusa
Negócios 31 de Julho de 2025 às 10:30

3 mil milhões para o crescimento

O primeiro eixo do plano Portos 5+ visa aumentar o crescimento destas infraestruturas com um investimento privado de cerca de 3 mil milhões de euros. A estratégia, segundo o Ministério das Infraestruturas, está vertida em planos estratégicos individuais para cada porto e “visa assegurar que há um foco claro nas vocações de cada um”. Desta forma, em Sines está prevista a concretização do processo de expansão do terminal XXI e o lançamento do novo terminal Vasco da Gama. Já para Lisboa o plano estipula o reordenamento e requalificação dos terminais da zona oriental e a concretização da estratégia para a Silotagus (antiga Silopor). Em Setúbal terá lugar a expansão do terrapleno com o lançamento de novos terminais - Ro-Ro e carga geral - e o reforço das capacidades da indústria naval com o concurso para o estaleiro da Mitrena. Em Leixões prevê-se um novo terminal de contentores na zona Norte e a expansão do terminal Ro-Ro na zona Sul, em Aveiro a expansão e modernização dos terminais atuais e um novo terminal Ro-Ro com o foco no “cluster” automóvel do Centro, e na Figueira da Foz a modernização dos terminais atuais e melhoria dos acessos marítimos.

Descarbonizar exige 250 milhões

O segundo eixo diz respeito ao aumento da descarbonização e sustentabilidade, com 250 milhões de euros de investimento previstos, envolvendo não só o “onshore power supply” (OPS) em todos os portos, mas também comunidades energéticas, um terminal LNG para abastecer navios em Sines, o abastecimento LNG para navios nos portos, combustíveis verdes em Sines (metanol e amónia) e a eletrificação a 100% de novos equipamentos.

Conectividade com 300 milhões

No eixo “Mais intermodalidade e conectividade”, que tem previsto cerca de 300 milhões de investimento, o plano define a melhoria dos acessos ferroviários aos portos de Leixões, Aveiro e Setúbal e dos acessos ferroviários e rodoviários (A26) a Sines, assim como a exploração do porto seco da Guarda e o reforço das plataformas intermodais, o desenvolvimento da navegabilidade no Douro e Tejo e o reforço da utilização dual use (civil e militar) dos portos.

70 milhões para digitalizar

Na área da digitalização e automação foi estimado um investimento de 70 milhões, para criar 100% de portarias digitais nos terminais portuários, 100% de novos equipamentos portuários inteligentes, a Janela Única Logística (JUL) na cadeia intermodal, automação e inteligência artificial na operação, rastreabilidade na cadeia de abastecimento e automação de processos administrativos.

Integração exige 300 milhões

O quinto eixo é o da integração e segurança e contará com 300 milhões para o reforço do processo de integração dos portos com zonas urbanas, revisão do regime jurídico do setor portuário (nomeadamente reboques), reforço ao combate do comércio ilícito e maior proximidade com autoridades, assim como a transferência de competências para os municípios - Almada, Faro, Lagoa, Lisboa, Oeiras, Setúbal, Sines, Viana do Castelo e Vila Nova de Gaia.

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